Angra: Prolongar a carreira é prolongar o sofrimento

“Eu acho que o Angra tinha que acabar. Já tentaram uma ressuscitação, que durou um bom tempo e teve seus méritos. Mas acho que ficar vivendo muito do passado e tentando sempre tampar um buraco […] ficar insistindo em remontar a banda com cara novo […] é ficar dando murro em ponta de faca, é ressuscitar um cadáver, ressuscitar uma múmia. Eu sei que as palavras que usei agora foram meio fortes, mas é a minha opinião. Se fosse eu, eu já teria acabado com a banda”, disse o saudoso Andre Matos, em entrevista ao programa Heavy Nation, da UOL, em março de 2013.

Bem, o Andre não estava errado em sua colocação; o óbvio, no entanto, precisa ser dito, às vezes. Todavia algumas observações, neste caso, precisam ser apreciadas de forma fria e franca; ou seja, vamos analisar sem a influência do coração e fígado.

Dito isso, para quem desconhece o passado do Angra, o grupo, numa explicação simplória, já foi um dos maiores e mais importantes nomes do power metal mundial. O grupo já chegou, pelos mais entusiasmados do mercado fonográfico, ser aludido como o Helloween das Américas, visto o prestígio e tamanho de sua marca.

Basicamente, sua fórmula de som era baseada em vocais agudos e altos, linhas de guitarras virtuosas e arranjos pomposos, mas seu tempero especial vinha dos ritmos brasileiros e latinos, onde o baião e os bumbos duplos, por exemplo, se encontravam e davam vida a uma música original e prazerosa aos ouvidos. Assim dizendo, o Angra era uma marca ímpar, se tornou parte da vanguarda do power metal, pois ninguém soava como os brasileiros; era um ativo da cultura nacional e um grande motivo de orgulho.

Porém, o sucesso e os ventos favoráveis não duraram muito, logo os problemas internos surgiram, o que aconteceria de forma regular no futuro, e três membros decidiram deixar o grupo. O golpe mais severo foi a partida de Matos, pois o músico era o frontman, um dos principais compositores e o capitão do navio. Os astros e planetas, no entanto, deram mais uma chance e se alinharam para o Angra, e uma segunda encarnação foi possível e, nos primeiros anos, fora bem-sucedida.

Contudo, tempos depois de estabilizar a segunda formação, o grupo, infelizmente, saiu radicalmente dos trilhos e começou um movimento de declínio musical e, consequentemente, de carreira. É importante ressaltar que ninguém tropeça em montanha, tropeçamos nas pedras pequenas, então, a vigilância deve ser constante, e pode surgir em diálogo aberto e contínuo e no despojamento de cracas morais como vaidade, egocentrismo e orgulho.

Parece que a vigilância no campo do grupo não foi eficaz e os problemas internos ficaram transparentes ao público e ao mercado musical; as trocas de farpas, inclusive por meio da mídia, se tornaram constantes. Outro ponto nevrálgico que ficou evidente fora a inabilidade dos músicos em resolver os conflitos sem um revestimento dramático.

A falta de maturidade para colocar a bola no chão, esperar a poeira assentar e ponderar sobre as melhores soluções custaram caro à banda. Cabe ressaltar que as atribulações e obstáculos são algumas das certezas da vida. O que nos diferencia é a capacidade de resolução das adversidades que batem a nossa porta diariamente.

Numa comparação irresponsável, visto que uma banda é um organismo único, com suas respectivas particularidades, o Rammstein, por exemplo, chegou num momento crítico, de quase rompimento, pois os músicos estavam exaustos de coexistir num mesmo ambiente.

Sabiamente, cada músico foi cuidar de seu próprio interesse. Uns continuaram fazendo música em projetos solos; outro foi escrever livro; e até teve quem só quisesse pescar e contemplar a vida. A ideia era fazer um detox profundo. Depois de alguns anos, quando a poeira já tinha assentado, os músicos se reuniram e voltaram a conviver sob a égide de Rammstein. Portanto, uma ação parecida poderia ter sido empreendida pelos brasileiros, o que teria poupado e ou abreviado um bocado de problema – quem sabe.

O fato é que o cenário adverso afetou drasticamente as estruturas do grupo, e a fatura chegou na forma de shows desastrosos e álbuns de estúdio rançosos, onde a criatividade e vigor passaram longe. Além disso, uma crise identitária cisma pairar no ar, visto que o power metal, com os incríveis temperos brasileiros, tem se afastado cada vez mais do DNA musical da banda, e um prog metal insípido tem tomado a honra de ser o prato principal.

Atualmente, o Angra é um grupo que se esforça para manter a cabeça para fora d’água, com apenas um integrante da formação original. A falta de liderança musical e criativa; o que era uma das atribuições de Andre Matos, mesmo que não fosse de forma regimentada, é perceptível nos recentes discos e tem custado um preço caro à banda.

Não adianta ser tecnicamente capaz de tocar um milhão de notas por segundo e atolar na inaptidão de se conectar ao coração do público. O Angra implodiu a própria base em que fora construído, com isso prolongar a carreira é prolongar o sofrimento.

35 comentários em “Angra: Prolongar a carreira é prolongar o sofrimento”

  1. De fato, falando como fã do começo dos anos 90 da banda… Rebirth e Temple foram desastres do ponto de vista artístico, enquanto Aurora foi o último suspiro criativo da banda.

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    • O quê? rs Rebirth e ToS desastres? Aurora suspiro criativo? O Aurora Consurgens foi o Angra começando a agonizar. Os próprios integrantes já falaram que esse álbum foi feito nas coxas, que essa foi a pior fase da banda, que eles nem se juntavam mais pra compor, não finalizaram as músicas devidamente, lançaram no vai que vai. Já o Temple of Shadows foi o auge da criatividade, disco conceitual riquíssimo e aclamado mundialmente. Você tem certeza do que tá falando?

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      • “Desastres do ponto-de-vista artístico”, não desastres por si só.
        Ele tem razão, são álbuns que fogem à essência do que era a banda.
        Fireworks já fugia muito.

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    • Olha, opinião a gente tem que respeitar, mas também temos o direito de discordar, principalmente quando alguém fala uma abobrinha desse tamanho.
      ToS é considerado por muitos (não por mim) o melhor álbum pós era André, e Rebirth (esse sim, pra mim é o melhor pós André) é um “renascimento, desculpe o trocadilho”, muito digno para a banda.

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    • Respeito sua opinião, porém na minha humilde opinião Rebirth é o melhor álbum de Heavy Metal já gravado por uma banda brasileira, tanto que é disparado o álbum mais vendido no Brasil e no exterior de toda a discografia do Angra.
      E a atual formaçao é também muito boa , vide o sucesso do Bruno Valverde.
      Se o Angra acabar ninguém tem como representar o metal nacional com a mesma competência, exceto o Sepultura que faz um estilo completamente diferente.

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  2. Li o texto e, apesar de respeitar, não concordo com seu conteúdo.
    Na minha perspectiva, assim como toda banda, o Angra foi se amoldando à ideia contemporânea de seus membros, os quais não podem ser chamados de ruins ou apenas “técnicos”.
    Além disso, possuem qualidade técnica e criativa para não ficarem repetindo a mesma fórmula de sempre, conseguindo explorar novas sonoridades (o que vejo até como corajoso).
    Agora, apesar de toda maestria do André, colocá-lo como único ou o grande responsável pelo sucesso do grupo parece ser equivocado.
    Quanto aos problemas entre membros, praticamente todas as bandas têm, em especial as que estão há mais tempo na estrada. Inclusive com trocas de farpas em público. Infelizmente por vezes não é possível manter a discrição, o que é compreensível, pois por vezes, no meio artístico, o ego acaba se sobrepondo à razão.
    Enfim, eu ainda vejo o Angra, assim como o Sepultura, com muito poder criativo e técnico, em estúdio ou ao vivo e fico contente em vê-los em.alta performance representante o rock/metal nacional mundo afora.

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    • Bom, opinião cada um tem a sua. Como fã da banda, apesar de preferir os trabalhos antigos, acho que a banda continua a entregar qualidade. E o q é dito sobre o power metal ter saído de cena, é pq eles estão explorando novos horizontes.
      No geral, minha opinião (q n é absoluta) é de que o Angra ainda tem muita lenha pra queimar.
      Agora tem muita banda por aí que devia ter acabado, mas mt idiota ainda gasta com eles (sim, to falando do Metallica e o horroroso 72 Seasons).

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  3. Rapaz… juro que fui procurar a data do artigo… se falasse após a saída do Edu por ser um novo cisma em pouco tempo, os problemas legais com o empresário que os “proibia” de se apresentar, a doença de integrantes, até os sufocos com pandemia, teria escopo, mas agora com a agenda deles, principalmente como headliners, sentido zero. Até as matérias sugeridas contradizem esse texto.
    André Matos foi fundamental não só para o Angra mas para toda a cena metal pelos caminhos que ajudou a desbravar, não por ser muleta de alguma banda.
    Respeito o saudosismo da sua opinião, mas não podemos viver disso.

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  4. O Rafael Bittencourt só não encerra a banda porque com certeza ele tem medo de entrar numa banda pra ser mais um, um qualquer.
    Talvez se ele tivesse a destreza do Kiko bem como o desprendimento ele já teria encerrado a banda.
    É uma mistura de medo, apego e ego. Ele hoje é o que sempre quis ser, líder da banda, pra infelicidade dele, de uma banda decadente.

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  5. Acho hoje o angra uma banda cover de si mesmo, lamentável, bem como o Nightwish. O tiro de misericórdia foi a saída do kiko. De la pra cá, nada mais prestou.

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  6. Concordo com bastante coisa, mas discordo que o Angra deveria acabar.
    Como vc mesmo deu um exemplo, talvez a banda deveria se dar um tempo, um hiato, a fim de repensar sua existência e que caminho musical tomar. Falando em exemplo, eu até cito outro que, por razões diferentes, passou por algo parecido: o Dream Theater.
    A banda sofreu demais com a saída do Portnoy que, além de um monstruoso baterista, participava efetivamente do processo de composição.
    Desde 2010 a banda foi apenas uma sombra do que já foi e só agora esta renascendo, após mais de 10 anos.
    Por fim, acredito que o maior problema do Angra é o encontro dos egos gigantescos de seus integrantes e isso parece que não mudou muito, mesmo depois de 194 formações diferentes.

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  7. Sendo sincero fiquei, como muitos outros, vivendo de passado, fase André Matos, mas engoli o meu preconceito ridículo e fui ouvir os álbuns mais novos… Que surpreende! me surpreendi com o Aqua e com o Temple of Shadows… Até mesmo com o Aurora Consurgens vilipendiado por alguns aqui.

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  8. De fato, boa matéria.
    Ao contar do Álbum Aqua a banda caiu em todos os sentidos, apesar que o último álbum Omni lembrou várias álbuns da banda, porém o Fábio no vocal não dá cara.

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  9. Perfeita colocação. Poderiam ter dado uma pausa pro Edu se cuidar. Como bem dito, não adianta ser tecnicamente capaz apenas. Os compositores são os principais membros, mesmo que não visualmente.

    Bittencourt é excelente compositor. Barbosa, Andreolli, Lione e Valverde precisam de uma criatividade que não possuem, é só escutarem a diferença de canções quando são deles, embora muitas fãs ainda insistem em passar pano.

    Lione é excelente vocalista pro Rhapsody. Pro Rhapsody.

    Boa sorte a todos!

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  10. Esse lance de não só o Angra mas muitas bandas e a cena do Metal viverem de passado é puro saudosismo e retrocesso!

    De fato os integrantes do Angra passaram por muitas baixas e saídas de integrantes que causam polêmica até hoje. Mas hoje todos os membros são músicos de altíssimo nível e entregam ao vivo uma performance impecável.

    Musicalmente pode estar diferente, mas a evolução é necessária e inevitável pois as pessoas mudam. Querendo ou não, estão muito bem sucedidos tendo até vários dos ex-membros com bons resultados também. O sol brilha pra todos!

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  11. Deveria acabar mesmo. Não tive nem vontade de ouvir o último disco, parei na primeira faixa. Rafael deveria montar uma banda com o nome dele. Sem qualquer vínculo com o nome Angra. Deixa o Angra no passado da história. Não tenho fé que venha discos bons para o futuro.

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  12. O problema do Angra é pq além deles terem seus próprios problemas eles tem fãs problemáticos e exigentes assim fica bem difícil. O metal BR é difícil por isso! Consigo apreciar a bandas em todas as fases e atualmente sinto uma solidez melhor do que na segunda formação. Gosto muito do Edu mas ele sempre teve limitações, só dava certo com ele em Estúdio, bem diferente da realidade do Fábio Lione atualmente que é muito bom ao vivo. Não vejo inconstâncias ou insegurança com ele. Vamos complicar menos a vida e torcer pela a banda do que a gente torcer pelo fim.

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  13. Não concordo com essa visão, os cara são bons músicos e ainda atraem público. Não estão mais como estiveram no auge, com turnês mundo afora e aclamados pela crítica, mas ainda têm seu público sim.
    Aguarda o cd novo, vamos ver oq vem por aí, parece que vem coisa boa…

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  14. Que bom que insistiram em dar murro em ponta de faca! Pois pra mim Angra nunca esteve tão bem! (Claro, Kiko Loureiro faz muita falta, pois era o ponto central da minha admiração durante o show.) Sem o Kiko, nossos olhos enxergaram o Rafael. Assim pudemos notar verdadeiramente que é a alma da banda.

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  15. Não acho a fase atual a melhor coisa do mundo, mas discordo da opinião do autor do artigo. Gosto é uma coisa totalmente pessoal. Para muitos, a banda vive boa fase, logo, para eles, não faz sentido nenhum terminar ela. Para mim, a cada disco, se eu pescar 2, 3 músicas que me agradam, já valeu o lançamento, e é o que tem acontecido. A parte que eu concordo com o artigo, é referente a melhor fase. A fase Matos para mim, era a melhor fácil. Mas daí a “banda tinha de acabar”, discordo 100%.

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  16. Concordo com o fato de que falharam lá atrás… Mas discordo com a ideia de que deveriam encerrar!! Sua colocação só visa seu ponto de vista (novamente)… Tudo bem se pra você e outros não agrada os materiais mais recentes! Porém tem uma base de fãs satisfeita aí que acompanha, consome e vibra com o desempenho dos caras.

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  17. Ainda bem que deram murros em ponta de faca, o Angra é uma das bandas mais resilientes do metal mundial, os caras renasceram várias vezes e buscam sempre não se repetir e sim surpreender. Eu amo o Matos, mas compare paralelamente a carreira pós Angra dos dois, o Andre só se manteve porque tem um brilho ímpar, mas eu mesmo cheguei a ir um shows de apenas 100, 200 pessoas, o Angra mesmo com altos e baixos, se mantém relevante e de prestígio.

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  18. A banda vive um bom momento, e em todos os shows que estive presente dessa formação eu achei melhor do que os shows da fase Edu entre 2006 e 2013. A banda evoluiu tecnicamente ao vivo. Não faz sentido querer o fim de uma banda que se apresenta em alto nível. Respeito a opinião no texto, mas pra mim não faz sentido. Enquanto ficar com a imagem do passado nunca vai se desprender e conseguir usufruir dessa nova formação que tem bons álbuns. Não consigo achar argumentos válidos para quem diz que a banda deve acabar, é sempre comparado com o que a banda foi no passado. E volto a dizer, a banda atualmente ao vivo, entrega muito mais do que já foi com Edu e o próprio Andre Matos. Nos anos 90 a banda cometia muitos erros ao vivo, tirava até um pouco da mágica. Acho que as pessoas estão reclamando de barriga cheia, depois que acabar, não tem mais volta amigo. Curta os últimos anos desta banda, assim como Sepultura entre outras bandas da velha guarda. Somos privilegiados de ainda conseguir pegar essas bandas dentro de um gênero que vem cada vez mais definhando. Existem muitas bandas boas ainda? Sim. Mas banda icônicas infelizmente não surgem mais. Espero que isso possa mudar.

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  19. Concordo com o autor deste excelente texto.
    Sou fã da banda desde 1998. O primeiro show da minha vida foi deles, na turnê do fireworks. E olha que meus álbuns favoritos são o rebirth e o templo of shadows.
    De lá pra cá, nenhum álbum estourou como antes. Nenhum mais tocou na alma como todos os anteriores. Depois da saída do Kiko então, faltou identidade. Inegável a criação musical dele. E jamais quero desrespeitar e desmerecer o Marcelo, um excelente músico além de ser extremamente carismático.
    Costumo dizer que hoje o Angra é uma banda cover deles mesmos, mas como o colega disse nos comentários, é apenas a minha opinião, e evidente que cada um tem a sua, e todas devem ser respeitadas.

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  20. O texto nao poderia estar mais correto. o fim deveria ter chegada com a saida do Edu.
    Outra coisa que prova que a banda já acabou são as infinitas tretas e lavagens de roupa
    suja publicamente.
    Tanto que já apelidaram as tretas de Angraverso. Cada podcast que os membros participam, até de forma repetida e chata, sempre é levantada um treta, um comentario maldoso ou uma polêmica de 20 anos atras.
    Os fãs do angra recebem da banda mais tretas e fofocas do que musica.

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