Andreas Kisser falou sobre morte da esposa, Patrícia Kisser, durante entrevista no programa Conversa com Bial na última quarta, 21. O guitarrista do Sepultura prestou homenagem e relembrou momentos finais da médica.
Patrícia morreu aos 52 anos, em julho. Ela foi diagnosticada com câncer no cólon e, segundo Andreas, eutanásia seria uma solução viável, caso permitida no Brasil: “Os últimos dias dela foram muito difíceis. A Patrícia estava consciente até o fim. O caso dela era um caso clássico de eutanásia. Se nós tivéssemos isso na lei brasileira, legalmente, poderíamos ter usado no caso dela.”
“Ela não aguentava mais, o corpo não funcionava mais, irreversível, com dor,” completou sobre o estado da esposa. O músico aprendeu mais sobre processos para diminuir dor de pacientes em estágios avançados e pretende continuar discussão.
“O mais importante é a gente falar o processo que passamos como família. Comecei a entender mais sobre o processo paliativo, eutanásia, subsídio assistido, tudo isso que a gente, infelizmente, não fala durante a vida”.
Falar sobre a morte, inclusive, não era um problema para Patrícia, que tratava o assunto com leveza. Isso ajudou familiares a encararem a fatalidade com mais preparo para atender pedidos dela.
“Ela falava que quando morresse ela não queria ser colocada em um caixão sem travesseiro, sem cobertor. Pedia uma meinha no pé e ela sempre brincava com isso. ‘Quero ser cremada e colocada em uma garrafinha tipo ‘Jeannie é um Gênio’ para ficar de olho em vocês.’ Fizemos tudo isso,” revelou.
Patrícia deixou três filhos com Andreas: Enzo, Giulia e Yohan, que prestaram homenagens nas redes sociais.
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Por Dimitrius Vlahos
Fonte: Rolling Stone Brasil