O guitarrista brasileiro Andreas Kisser bateu um papo com a revista inglesa Metal Hammer e reconheceu o erro de querer impor uma pegada Pink Floyd no Sepultura. O músico lembrou a dura que recebeu do dono da gravadora para voltar a se concentrar na essência pesada e direta, que são marcas registradas da banda.
“Kairos (2011) representou um novo capítulo na carreira do Sepultura. Fizemos Roorback (2003) e Dante XXI (2006). Fizemos A-Lex (2009) enquanto trocávamos de baterista. Foi um período muito difícil da nossa carreira”.
Kisser completou: “Lembro que eu, Derrick e um dos nossos empresários fomos jantar com Markus Staiger, que na época era dono da Nuclear Blast. Ele disse de maneira bem direta para nós: ‘Vocês são o Sepultura e não o Pink Floyd! Não façam músicas e conceitos de 12 minutos’. Nós estávamos vindo desse mundo. Então, para nós, foi revelador. Nós fomos meio bisonhos”.
O conselho de Markus Staiger surtiu efeito, visto que a banda largou a ideia de implementar nuances progressivas na música do Sepultura. Machine Messiah (2017) e Quadra (2020) conseguiram a proeza de voltar com o peso em estruturas sonoras bem balanceadas entre o complexo e o simples.
Turnê
Recentemente, a banda cumpriu uma série de shows na Europa para mostrar o poderio sonoro da Celebrating Life Through Death Tour. Agora, no entanto, o quarteto está fazendo mais uma perna da tour em nosso país, que se estenderá até meados de dezembro. Confira o itinerário da turnê aqui.