Dar tudo o que tem para gravar um disco de rock n’ roll e heavy metal é a premissa básica para muitos músicos, principalmente para a turma das antigas, que chegava no estúdio, muitas vezes provido de pouca tecnologia, e fazia possível e o impossível para sair de lá com uma obra musical caprichada.
Um dos músicos que engrossam essa lista é o baterista do Alice In Chains, Sean Kinney, que gravou o mega platinado Facelift com mão quebrada.
Em conversa com o jornalista e escritor Greg Prato para o livro Grunge Is Dead: The Oral History Of Seattle Rock Music, Sean relembrou: “Quase não toquei no disco! Eles até começaram a ensaiar com o baterista do Mother Love Bone, Greg Gilmore. Eu ficava lá sentado tentando tocar com uma mão e guiando Greg. Felizmente, tiramos um tempinho de folga”.
Kinney continuou: “Eu fiquei com o braço engessado por um tempo, mas acabei cortando o gesso e o guardei em um balde de gelo ao lado da bateria. Mantive minha mão gelada e toquei com a mão quebrada, mesmo. Era a nossa grande oportunidade, e eu não podia estragar tudo”.
E não estragou mesmo, pois Facelift, que saiu em 28 de agosto de 1990 e chegou embalado pelos hits como Man in the Box, We Die Young e Sea of Sorrow, vendeu mais de três milhões de cópias em todo globo. E o resto, como dizem, é história.