A arte é considerada, por muitos, política — mas Alice Cooper não gosta da combinação dos dois assuntos. Em entrevista ao site Creative Loafing Tampa Bay, o cantor e compositor — considerado um dos artistas mais inovadores do rock dos anos 1970 — criticou a relação entre os temas, e afirmou que “odeia” política.
Ao ser questionado sobre a relação com Ted Nugent, músico atualmente conhecido por diversas declarações com ideologias conversadores e negacionistas, Alice Cooper explicou que não gosta comentar sobre esses assuntos. “Nunca falo de política… eu odeio política,” disse.
Em seguida, Cooper falou que “rock and roll e política não deveriam andar juntos”: “Muitas pessoas pensam que sim – porque nós temos uma voz, e devemos usar nossa voz. Mas acho que o rock and roll deveria ser antipolítico. Quando meus pais começaram a falar sobre política, ligava os Stones o mais alto que podia. Não quero ouvir sobre política, e ainda me sinto assim.”
O cantor também explicou que pretende, através da música, dar “férias” desses assuntos aos ouvintes. “Se faço algo como em ‘Elected’, que fazíamos durante as eleições, traria Donald Trump e Hillary Clinton para lutar e os dois seriam eliminados Isso é o que era engraçado. Se você está no teatro político, é melhor você poder aceitar uma piada. Então, tudo bem. Eu não me importo com a sátira disso, mas eu nunca vou lá e digo em quem votar,” afirmou.
Alice Cooper sobre batalha contra alcoolismo
Alice Cooper lutou durante muito tempo contra o alcoolismo — e na década de 1970, justamente no auge do sucesso, o vício alcançou o ápice. No registro audível de memórias chamado Who I Really Am: Diary of a Vampire, o ícone da música compartilhou as dificuldades de tentar vencer o alcoolismo: “Eu bebia cada vez mais. Chegava ao show, olhava para meu figurino fantasia deitada, me lembrava de chorar, de olhar para ela, de saber o que tinha que fazer para terminar aquele show.”
Fonte: Rolling Stone Brasil