Um tribunal superior de Londres, Inglaterra, concluiu na última terça-feira, 25, que as declarações de Roger Waters (ex-Pink Floyd), as quais acusam John Ware de “torcer pelo genocídio dos palestinos” e de agir como “porta-voz sionista” durante uma entrevista à Al Jazeera, são difamatórias.
A determinação que decide questões preliminares no caso avança o processo para o julgamento, informou a juíza Jennifer Eady.
No ano passado, Roger Waters foi processado por John Ware, que foi quem produziu o documentário The Dark Side Of Roger Waters. O foco do material explorava alegações de antissemitismo em torno do artista inglês.
O longa apresenta entrevistas de figuras importante em sua carreira, incluindo Norbert Stachel, ex-saxofonista de Waters, e Bob Ezrin, o produtor de The Wall do Pink Floyd.
Em uma publicação em seu site, Roger afirmou o seguinte: “O documentário mistura indiscriminadamente coisas que eu supostamente disse ou fiz em momentos e contextos diferentes, em um esforço para me retratar como um antissemita, sem qualquer fundamento em fatos”.
Agora, na decisão de terça-feira, o tribunal rejeitou os argumentos de Waters de que suas declarações pretendiam ser opiniões sobre a conduta das forças israelenses em Gaza, entre outras coisas.
“Embora eu aceite que a referência do primeiro réu a um ‘genocídio’ expressou sua opinião sobre o que estava acontecendo como resultado das ações das forças israelenses em Gaza (às quais ele já havia se referido), ao afirmar que o reclamante apoiou positivamente esse ‘genocídio’, acho que ele estava fazendo uma declaração de fato”, concluiu Jennifer Eady.