A ideia de que o rock n’ roll e o heavy metal são estilos de música contestadores e subversivos é mais uma lenda do que propriamente a realidade. É claro que há artistas como Tom Morello (Rage Against the Machine), Bruce Springsteen, Jello Biafra (ex-Dead Kennedys), João Gordo (Ratos de Porão) e Fernanda Lira (Crypta) que metem a mão na massa e se posicionam contra os governos e sistemas.
No entanto, existe o outro lado da cerca, no qual músicos gostam de ostentar, por exemplo, a bandeira dos Estados Confederados, que foi um lábaro usado ao longo da guerra civil norte-americana pelos estados sulistas que pregavam a manutenção da escravidão. Zakk Wylde (Ozzy Osbourne), Dimebag Darrell (Pantera) e o pessoal Lynyrd Skynyrd estão nesse antro.
Sem contar os nomes que são assumidamente de direita e fazem questão de espalhar tal fato aos quatro ventos como Ted Nugent e Kid Rock.
A direita do rock brasileiro
Aqui em nosso país nós também temos roqueiros que apoiam a política de extrema-direita como é o caso de Roger Moreira (Ultraje A Rigor) e Rodrigo Aguiar Madeira Campos, que também atende pelo nome de guerra de Digão.
Em conversa com o pessoal do canal Produções Productions, Rodrigo afirmou que o governo de Jair Bolsonaro, que está sendo acusado de tentativa de golpe de Estado, de abolição violenta do Estado de Direito e de organização criminosa pela PGR (Procuradoria-Geral da República), foi muito melhor do que o atual mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (Partido dos Trabalhadores).
Digão falou: “Tenho 54 anos e vi toda a trajetória do Lula, e eu nunca gostei dele! Eu sempre fui mais o anti-Lula, antiesquerda e anticomunismo porque foi uma coisa que não funcionou em lugar nenhum. Quem faz compra sabe, quem não faz acha que está tudo lindo e maravilhoso”.
Ele continuou: “Eu nunca me interessei por estudar política, porque entender de política é entender de uma coisa que eu não gosto, que é falsidade e hipocrisia. E podem falar o que quiser, o governo passado foi muito melhor do que esse que está rolando agora. O Brasil está numa situação em que nós vamos nos f*der muito”.
“A esquerda só tenta manchar a imagem da pessoa, porque é o modus operandi dela. Eu sou um cara de boa, sou um cara de família e sou um cara temente a Deus. O que eu quero para o Brasil é justiça. Quero que os pobres sejam felizes.
E me tiram de otário porque nunca sentaram comigo para trocar uma ideia. E acabo que sou um bom alvo para esse pessoal”, concluiu.
Eis a fala completa de Digão no tocador a seguir:
