Gary Holt (Exodus) ouvia glam metal na surdina para não ser sacaneado pelos amigos

Nos anos 1980, a rivalidade entre o thrash metal e o glam metal era absurda, visto que um público não suportava o outro. A princípio, a rixa também se estendia às bandas, pois não se bicavam de jeito nenhum.

Porém, por baixo dos panos e na calada da noite, havia muito thrasher curtindo os grupos de glam metal e, até mesmo, elevando a técnica na guitarra, por exemplo, por intermédio das açucaradas canções do gênero vizinho.

Durante recente conversa com o site Ultimate Guitar, o líder do Exodus, Gary Holt, declarou que ouvia glam metal na surdina para não ser sacaneado pelos amigos.

“Na época de Paul Baloff no Exodus, se alguém aparecesse com uma camisa Ratt, sacávamos o canivete e cortávamos a camisa todinha. Se você olhar algumas das fotos antigas de Baloff, ele tinha vários pedaços de pano amarrados no pulso, eles eram trapos de uma camisa poser.

Mas, ao mesmo tempo, os nossos guitarristas estavam secretamente copiando todos os riffs de Warren DeMartini, que é um dos maiores guitarristas do planeta e com o melhor timbre de todos os tempos. Ouvíamos muito Robbin Crosby, Warren DeMartini e George Lynch.

Contudo, havia a a segregação entre os dois estilos, nós éramos inimigos mútuos. No final das contas, nós precisávamos um do outro. Além do mais, os dois estilos meio que morreram juntos no final dos anos 80. Mas éramos inimigos que se beneficiaram mutuamente”.

Como disse Gary Holt, thrash metal e glam metal tomaram um baque grande com a chegada do grunge no comecinho dos anos 1990. Apesar disso, os estilos ainda continuam vivos, todavia, com menos pompa do que outrora.

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