Mesmo que alguns artistas e grupos odeiem rotular as suas respectivas artes, o mercado se encarrega do trabalho para melhor vender o produto. Ao longo das décadas, os estilos foram muito bem delineados pelos players da cena: gravadora, mídia e empresariamento.
Com isso, quando ouvimos falar a palavra Grunge, por exemplo, sabemos exatamente o tipo de produto está contido em tal embalagem. Todavia, o perfil do mercado fonográfico está mudando radicalmente e este delineamento de estilos parece estar com os dias contados – quiçá morto.
O multi-instrumentista e produtor Rick Beato acredita na morte dos gêneros musicais. Em novo vídeo em seu canal oficial no YouTube, ele refletiu sobre assunto.
Ele disse: “Os pontos de declínio para os gêneros musicais foram a internet e o streaming. Coisas como o Napster, iTunes Store, Spotify e YouTube atuam como agentes disruptores ou forças disruptivas que mudaram a maneira como as pessoas descobrem e consomem música.
Aliado a isso estão os algoritmos e distribuição mundial que ajudaram a equalizar os nichos em micro gêneros. O resultado é não ter nenhum estilo dominando a cena ou florescendo de forma mais robusta. Os ouvintes estão preferindo os nichos em vez de algo massificado”.
Rick continuou: “Portanto, hoje em dia, há incontáveis subgêneros como bedroom pop, lofi beats, hyper pop e muitos outros. Todos eles têm a sua própria e dedicada base de fãs. Não há mais as rádios ou a MTV que poderiam forçar uma união dos estilos e, consequentemente, das experiências. Vivemos no que chamo de post-genre world, que é a mistura de muitos estilos”.
“Outro efeito é termos hits os quais muitas pessoas não conhecem; canções que fazem sucesso em determinado nicho e não avança para outros mercados. Há gente que até sabe quem é a Taylor Swfit, mas nunca ouviu uma música dela. Podemos estar na era da personalização em vez da coletividade. Além disso, não há mais nenhum gênero dominante”, concluiu.
Eis a fala completa de Rick Beato: