Toto ficou um pouco arrogante depois do seu primeiro álbum, diz Steve Porcaro

O ex-tecladista do Toto, Steve Porcaro, admitiu que sua banda ficou “um pouco arrogante” depois do sucesso do primeiro álbum.

Durante entrevista para o podcast de Bob Lefsetz, Porcaro explicou: “Para qualquer banda, o primeiro álbum é a melhor coisa de toda a sua vida. E, naquela época, todo ano tínhamos que fazer um novo álbum. Era todo ano, e isso depois de ter feito turnê. Você passou algum tempo com sua família? [As gravadoras] não se importavam, só queriam outro álbum”.

Esse foi o caso do Toto, que teve enorme sucesso com seu álbum de estreia autointitulado. O disco de 1978 apresentou o hit Hold the Line, que passou seis semanas no Top 10 da Billboard Hot 100 e tornou a banda famosa. Quando chegou a hora de gravar seu segundo álbum, Hydra, a confiança da banda estava em alta.

“Ficamos um pouco arrogantes depois do primeiro álbum ter ido tão bem? Claro”, admitiu o músico. “Acredite em mim, estávamos caminhando para isso. Ficamos um pouco arrogantes, com certeza, e meio que pensamos: ‘Uau, podemos fazer isso. Eles estão comprando.'”

Em Hydra, o Toto foi experimental, abraçando influências de rock progressivo e letras enigmáticas. Embora o álbum tenha expandido a banda musicalmente, estava muito longe do som amigável ao rádio como seu trabalho de estreia.

“Havia algum [material] definitivamente autoindulgente lá”, confessou Porcaro. “Posso falar pela minha música que estava no Hydra, a música chamada Secret Love foi os dois minutos e meio mais estranhos que você ouvirá em um lançamento de uma grande gravadora.”

Lançado em 26 de outubro de 1979, Hydra não conseguiu corresponder ao sucesso comercial de seu antecessor. Apenas um single, 99, conseguiu entrar no Top 40. Embora Porcaro tenha admitido que o álbum era “um pouco rígido”, ele e seus companheiros de banda estavam orgulhosos de seu trabalho.

“Nós amávamos Hydra. Nós amávamos. Ficamos um pouco convencidos? Claro. Agora, eu não acho que ser convencido seja necessariamente uma coisa ruim, a menos que você fique muito, muito, muito convencido”, observou o músico.

“Havia alguma Hold the Line nele? Não. Mas com certeza havia uma música chamada 99 e ainda havia coisas com as quais as pessoas podiam se identificar, havia ótimas composições e ótima produção. Ainda havia coisas muito fortes lá”, finalizou.

Ouça o bate-papo completo abaixo:

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