O virtuoso George Lynch concedeu uma nova entrevista ao jornalista Greg Prato, do site Ultimate-Guitar, para fornecer detalhes sobre sua carreira e recordar algumas passagens curiosas de sua longa vida no rock n’ roll.
Uma das histórias interessantes lembradas por George Lynch fora a chance de substituir Randy Rhoads na banda de Ozzy Osbourne, no começo dos anos 1980. Segundo o guitarrista, ele largou emprego para tocar com Ozzy e só ganhou problemas.
“Na época, nós não tínhamos dinheiro. Minha esposa e eu tínhamos dois filhos e morávamos em um apartamento. Eu tive que largar meu emprego para fazer testes na banda de Ozzy. Eu tinha um emprego sindicalizado como motorista de caminhão para uma distribuidora de bebidas.
Eu gostava daquele emprego, porque ele pagava as contas e mantinha a nossa família segura e tudo mais. Mas tive que largar aquele emprego, o que foi realmente preocupante para mim, pois eles [Ozzy e Sharon] me disseram que não iriam me usar.
Eles não me perguntaram sobre minha situação, eles não me pagaram nada. Eu não recebi um centavo por um mês à disposição, naquela época. Eu não ganhei dinheiro nenhum”.
George continuou: “Eu e minha esposa dirigimos para casa em nosso Pinto Station Wagon 73 que estava caindo aos pedaços, com o escapamento raspando no chão e um para-brisa quebrado e um pano como tampa de combustível.
Pegamos as crianças na casa da mãe dela, fomos para o nosso apartamento e recebemos uma notificação de despejo. Não podíamos pagar o aluguel, então tivemos que nos mudar para a casa dos pais dela. Isso criou alguns momentos difíceis para nós.
Eles [Ozzy e Sharon] estavam jogando dinheiro por aí como se não fosse nada. Sharon viajava com sacos de dinheiro. Era uma loucura. Íamos a jantares que custavam dez mil dólares, e nós não tínhamos dinheiro para comer ou pagar o aluguel.
Achei isso bem insensível! Eles vivem em um mundo diferente, e eu entendo isso. Eu arrisquei e não valeu a pena”.
Como a história nos conta, Ozzy escolheu trabalhar com Jake E. Lee, com quem lançou os álbuns Bark at the Moon (1983) e The Ultimate Sin (1986).
Apesar do perrengue, George Lynch vingou na cena musical com o Dokken e lançou mais de cinco milhões de discos em sua carreira, que tem como destaques Tooth and Nail (1984), Under Lock and Key (1985) e Back for the Attack (1987).