O terreno de melhor e pior obra musical é subjetivo, pois cada indivíduo percebe, consome e processa o material de forma única. Dito isto, o que é uma porcaria para um sujeito pode ser um oasis para uma outra pessoa.
Mesmo assim, há quem bata no peito para afirmar que o álbum X é melhor/pior que o disco Y. O linguarudo Gene Simmons, por exemplo, recentemente, durante entrevista à revista Classic Rock, apontou qual é o pior e o mais desonesto álbum do KISS.
“Music from The Elder”, disparou Gene. “Eu assumo a culpa por isso, porque foi ideia minha”, reforçou o baixista.
“Eu me lembro de dizer a Bob Ezrin [produtor do disco] que eu estava escrevendo um roteiro de filme, com isso, precisávamos fazer um álbum conceitual baseado nisso”, recordou o músico.
“Lembro que Bob falou que íamos fazer o nosso próprio Tommy, lembro também que eu falei que se o The Who podia fazer um Tommy, a gente também podia. Bem, a resposta direta é que não, pois não somos o The Who”, continuou Simmons.
O The Demon arrematou: “Há alguns fãs que amam esse disco. Para mim, foi um álbum bastante desonesto. Mas, na verdade, o disco mais desonesto que já fizemos foi Carnival of Souls, quando estávamos tentando seguir uma tendência em vez de apenas sermos nós mesmos”.
Music from The Elder
O disco, que o primeiro álbum do KISS com o baterista Eric Carr, é um trabalho conceitual, cuja história gira em torno da batida luta entre o bem e o mal.
Na paradas de sucesso, o disco foi um fiasco, já que emplacou a tímida 75ª posição da Billboard; as vendas também foram fracas, visto que não chegou as cem mil cópias vendidas.
Carnival of Souls: The Final Sessions
Lançado em outubro de 1997, o álbum foi uma tentativa do quarteto em soar grunge, o que já era um som datado para tal ano, visto que a indústria fonográfica e o público estavam de olho no nu/new metal.
Apesar de não ter conquistado o coração dos fãs, o trabalho conseguiu conquistar o 27º lugar da Billboard 200 e vender pouco mais de 170 mil cópias.