Jake E. Lee viveu um inferno com alguns fãs de Ozzy: “Me chamavam de bosta”

Em março de 1982, o rock e metal perderam a pérola das seis cordas, Randy Rhoads, em um acidente de avião. Ozzy Osbourne chegou a cogitar a largar a música, devido o trauma de perder o amigo e companheiro de trabalho, contudo, Sharon, sua esposa e empresária, o convenceu de seguir em frente com a carreira.

Para o posto de Randy, o cantor tentou os guitarristas Bernie Tormé (Gillan) e Brad Gillis (Night Ranger), todavia, não deram conta do recado a contento nas apresentações ao vivo.

Dessa forma, depois de minuciosa procura, a responsabilidade caiu nas mãos do virtuoso Jake E. Lee, que ostentava todos os requisitos de rock star como habilidade e criatividade musical, carisma e presença de palco.

Mesmo assim, Jake E. Lee viveu um inferno com alguns fãs de Ozzy. Em entrevista ao Classic Rock & Culture, o músico afirmou que algumas pessoas o chamavam de bosta.

“Recebi muito apoio dos fãs, mas também tive muita resistência”, disse Lee. “Falavam na minha cara que Randy Rhoads era ótimo e que eu era um bosta”, ressaltou.

“Randy tinha partido, e não para tocar em outra banda, mas morrido”, pontuou. “Aí, eu perguntava se eles [os fãs] queriam que Ozzy tivesse se aposentado ou desistido da música, e os pedia uma folga, também”, continuou.

“Mas durante todo período em que toquei com Ozzy, sempre houve uma parte do público que me achava péssimo e considerava Randy o máximo”, completou.

Jake finalizou relatando um episódio bizarro, para dizer o mínimo. “Teve um cara que descobriu em que quarto eu estava e me ligou para dizer que eu era um merda e que ele era quem deveria ter conseguido o trabalho.

Depois disso, ele começou a tocar guitarra para mim pelo telefone, tentando mostrar a sua técnica na guitarra”.

Com o Príncipe das Trevas, Jake E. Lee gravou apenas dois discos: Bark at the Moon (1983) e The Ultimate Sin (1986).

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