A aura de excelência em torno da marca Woodstock é o sonho de todo empresário do show business. Seja por ingenuidade do público, ação implacável de parte da imprensa, campanhas de publicidade e mais o que puder incluir em tal equação, o verniz de capricho e profissionalismo aplicado ao festival não condiz com os fatos.
O festival norte-americano tem uma fama de causar inveja a qualquer evento que pipoque nos quatro cantos do planeta. Mas como dizem os atores do mercado de entretenimento: Marketing é a alma do negócio, e o Woodstock se beneficia desta premissa.
Em suas três edições, que aconteceram 1969, 1994 e 1999, o festival prometeu muito, mas cumpriu pouco. Desorganização e falta de infraestrutura eram os menores dos problemas em suas edições.
Em 1969, por exemplo, houve morte, estupro e carência de comida e bebida, mas tais “probleminhas” são, até os dias de hoje, colocados embaixo do tapete pela maioria dos veículos de imprensa, principalmente pela turma da “organização” do evento.
A edição de 1994, que veio com a bandeira de celebrar os vinte e cinco anos da marca, atraiu mais de duzentas mil pessoas à cidade de Saugerties, Nova Iorque, e chegou com o mesmo esquema de outrora: falta de infraestrutura, roubos, arrombamentos, brigas e morte – duas pessoas morreram no festival: uma por overdose e outra por traumatismo craniano.
Nem as áreas destinadas as equipes médicas e staff do evento foram poupadas pelos primitivos que vandalizaram e saquearam tudo, deixando o festival no estilo terra arrasada – se preferir, em um estado apocalíptico.
Contudo, a cereja no topo da caca foi em 1999, que fora a derradeira edição, pois a falta de condições em receber o público fomentou uma grande revolta, dessa forma, a depredação virou a ordem do dia e a destruição de tudo se tornou o foco das centenas de milhares de pessoas que lotavam a desativada base aérea de Rome, em Nova Iorque.
Estupros, brigas, assaltos, quebra-quebra e centenas de presos foram o saldo do festival. O canalha do organizador Michael Lang jamais assumiu integralmente a culpa das sucessões de desastres que aconteceram; na verdade, como é de praxe dos “organizadores”, ele e sua equipe terceirizaram seus erros e fizeram o papel de vítimas incompreendidas.
Portanto, as infinitas desgraças que aconteceram sobre a égide do festival não foram sem querer querendo: A tragédia do Woodstock 1999 – e das outras edições – foi fruto de incompetência e canalhice de Lang e sua corja.