Dias atrás, Kiko Loureiro, ex-guitarrista do Angra e do Megadeth, deu passadinha no podcast Flow para falar essencialmente sobre sua carreira e sobre experiências que acumulou em seus mais de trinta anos dedicados à música e ao heavy metal.
Em certo trecho da conversa, Kiko Loureiro disse por que as pessoas ainda ouvem heavy metal.
“Tem o fã que começa a ouvir metal com treze ou catorze anos, então, quando estiver com trinta ou quarenta estará lembrando aquela época. Portanto, essa galera é importante trazer para o estilo.
Além disso, o heavy metal tem o lance da energia do som. Tem a imagem, a parte da fantasia, também.
Mas o heavy metal sempre foi nicho! Na minha época na escola, eu era o único cara na classe que gostava de heavy metal. E vale destacar que a nossa conexão com a música vem bastante da adolescência”.
Kiko aproveitou o espaço e apontou um dos problemas do heavy metal. O músico disse: “O heavy metal tem o problema de ser um estilo caro. Tem que ter uma bateria gigantesca senão não vale; tem que ter duas guitarras e um cantor e tem que ter um cenário foda.
Com isso, o público vai lá para curtir a música, e não para consumi-la. O cara não quer pegar mulher e nem nada disso. O fã vai lá para ouvir e, quando terminar o show, ele vai embora.
Então, economicamente é ruim! O cara que tem uma casa de show quer botar o sertanejo para tocar e, dessa forma, fazer a galera consumir e ficar lá várias horas. Quando é DJ, é melhor ainda, pois o cara chega meia hora antes e pronto”.
Loureiro completou: “A banda de heavy metal tem que chegar às 13h, ligar tudo, passar som e tal. É uma coisa difícil, pois, para viajar com o negócio, tem que ter uma carreta para levar tudo. Ou seja, é caro e trabalhoso”.
Veja a fala completa de Kiko Loureiro no player abaixo: