Em 2005, o Iron Maiden estava em divulgação da Eddie Rips Up the World Tour, turnê em que o repertório era formado apenas por canções de seus quatro primeiros álbuns – a saber Iron Maiden, Killers, The Number of the Beast e Piece of Mind – e foi convidado a tocar no Ozzfest, que estava completando dez anos de vida.
A ideia era ter o Maiden como banda de abertura do Black Sabbath, o pai do heavy metal, já que o quarteto estava em outra turnê especial, com a formação original.
Para o desespero e raiva da empresária e esposa de Ozzy, Sharon Osbourne, o show da Donzela de Ferro estava tendo mais aderência ao público, a ponto de parte do fãs deixarem as casas de show antes do Sabbath subir ao palco.
Sharon criou uma ‘fanfic’ de que Dickinson estava xingando e desrespeitando a sua família e esposo, com isso, durante show no Hyundai Pavillion, em San Bernardino, EUA, pediu para que membros de sua equipe jogassem ovos e pedras de gelo nos músicos do Iron.
Além disto, o som do Maiden foi cortado completamente e o grupo precisou sair do palco por um breve período.
Depois do episódio, Rod Smallwood, empresário da Donzela de Ferro, foi discreto na resposta, pois apenas soltou uma nota de repúdio e abandonou o Ozzfest. A atitude de Rod foi não bater palma para maluco – vide Sharon Osbourne.
Suposta resposta musical
Muitos fãs e pessoas da imprensa, inclusive, acreditam que a canção These Colours Don’t Run, do álbum A Matter Of Life And Death, de 2006, ou seja, um ano após o incidente, é uma resposta a Sharon.
Durante entrevista à revista inglesa Metal Hammer, o vocalista Bruce Dickinson explicou qual é a inspiração para o som.
“Algumas pessoas pensam que a música é sobre Sharon Osbourne. Ela mesma acha que tudo é sobre ela. Mas a música não é sobre ela. É sobre homens que partem para a guerra e sobre os medos e esperanças que deixam para trás.
Em todas as gerações, as famílias despediram-se de seus homens, que partem para a luta sem saber se os voltarão a ver vivos. Está acontecendo agora! Os soldados vão para a guerra e alguns voltam em sacos para cadáveres”.