Em 1969, a proposta do Rock and Roll Revival Festival era propagar aos quatro ventos a ideologia hippie: paz e amor. No entanto, o desenrolar do show de Alice Cooper deu um outro caráter ao evento canadense, visto que ganhou contornos grotescos dignos de filme de terror de última categoria.
O mestre do shock rock contou o caso em um dos episódios da série Biography, exibida pelo canal norte-americano A&E.
“Eu sou um cara de Detroit, isto é, eu nunca tinha ido em uma fazenda na minha vida. Então, jogaram uma galinha no palco, pensei: ‘bem, tem asas e tem penas, então deve voar’. Peguei o frango e o joguei no público imaginando que ele voaria para longe ou que alguém o pegaria, levaria para casa e colocaria o nome de Alice Cooper.
Assim que joguei a galinha no público, foi um tremendo caos, com as pessoas despedaçando o animal. Era um festival de paz e amor. Mas eles despedaçaram tudo e jogaram os restos do frango de volta no palco, então havia sangue e penas por toda parte”.
Depois do lamentável incidente, Cooper ficou no radar das entidades protetoras de animais, com isso, as suas apresentações sofriam constantemente fiscalizações de órgãos sanitários, entre outras instituições.
“Minha reputação se tornou insana, e eu não precisei fazer nada! Eles estavam inventando seu próprio mito sobre Alice Cooper. As pessoas estavam descobrindo Alice Cooper, e eu estava descobrindo ele, também; então, estávamos todos fazendo isso ao mesmo tempo.
Mas sofremos represálias de alguns ativistas dos direitos dos animais que se reuniam antes de nossos shows. Mas, com o passar do tempo, as coisas foram se normalizando”.