O baixista Geezer Butler foi entrevistado recentemente pelo Rock Cellar e explicou por que ele e seus companheiros do Black Sabbath ficaram chocados quando assistiram o KISS pela primeira vez. Era 1975 e Gene Simmons e companhia estavam abrindo para o Sabbath em sua turnê pelos Estados Unidos.
“O KISS foi a primeira banda a usar produção de palco”, explicou o baixista. “Até o KISS chegar, bandas como Black Sabbath costumavam simplesmente ligar e tocar. O KISS foi o primeiro a usar pirotecnia. Nunca tínhamos visto isso. Quero dizer, o choque disso. E eles estavam nos apoiando, então nem eram a atração principal”.
Butler também observou como foi assistir as excentricidades pirotécnicas do grupo. “Saí e os observei. Tinha todas aquelas chamas saindo do palco e tudo mais”, ele lembrou. “Foi como, ‘Oh, meu Deus, o que está acontecendo aqui?’”
Embora os fãs tenham ficado impressionados com a produção do KISS, o Black Sabbath não pôde deixar de se sentir ofuscado.
“Foi difícil tocar depois deles”, confessou Butler. “Continuamos como uma banda normal, sem efeitos nem nada, e todo mundo ainda estava de boca aberta por ver o KISS. Nós pensamos, ‘O que diabos aconteceu?’”
“Era impossível acompanhar o KISS após a produção”, continuou Butler. “Quando os assisti tocar, nem ouvi a música. Fiquei simplesmente impressionado com a produção de palco”.
De acordo com Butler, a influência do quarteto nova-iorquino empurrou os shows para “uma direção completamente nova”, já que “as pessoas tiveram que começar a pensar na produção de palco”. Ele e o Black Sabbath também aprenderam uma lição valiosa: “Tivemos certeza de que nunca mais teríamos o KISS nos apoiando novamente”.
