Em uma nova entrevista ao The Real Music Observer, Eric Clapton disse que as declarações políticas de seu “irmão” Roger Waters exigem muita coragem.
O ex-Pink Floyd é constantemente criticado pelo seu posicionamento político e ideológico e, por conta disso, já enfrentou muitos contratempos como pedido de cancelamento de shows – caso que aconteceu no ano passado na Alemanha.
Ao ser questionado sobre o que pensa quando as pessoas dizem que ele “deveria se limitar à música” em vez de se envolver em questões políticas, Clapton – que também é julgado por suas opiniões e inclusive já mostrou apoio a figuras políticas controversas como Robert F. Kennedy Jr. – respondeu: “Não respondo muito bem à palavra ‘deveria’. Qualquer um que me diga o que devo fazer, farei o oposto”.
“Não apenas por despeito, mas porque quem são eles para me dizer como viver minha vida? Eu não interfiro na deles!”, acrescentou.
O guitarrista então começou a falar sobre o ex-Pink Floyd: “Eu amo Roger, você sabe, eu o amo, somos irmãos e ele segue seu caminho, mas é preciso muita coragem, e ele sofre terrivelmente com isso. Eu o vi sentar no parapeito da janela chorando e dizer: ‘É de manhã aqui em Manhattan e estou chorando de novo'”.
E admitiu que não tem coragem de agir da mesma forma: “Não posso fazer isso, fico muito triste quando penso no que está acontecendo e no mal que existe, mas também tenho que levar uma mensagem positiva de esperança, e ele também.
A música é um agente de cura. Acredito que existe um sistema de pensamento sobre como você se comporta nessa esfera e sobre como ser responsável para não ofender as pessoas”.
“Muitas pessoas realmente não esperam que eu ou Roger cumpramos o que dizemos, mas cumprimos. E acho que tenho uma responsabilidade por causa do que disse antes, que estou aí carregando uma mensagem de esperança, de amor, paz e liberdade, essa é minha responsabilidade como músico”, concluiu.
Confira a entrevista abaixo: