Max Cavalera concedeu uma breve entrevista ao jornalista Greg Prato, da All Music, e falou que a regravação dos álbuns Morbid Visions (1986), Schizophrenia (1987) e Bestial Devastation (1987), do Sepultura, foi uma sugestão de sua esposa, Gloria, já que, segundo a empresária, o som é uma porcaria.
Max disse: “A ideia [da regravação] não é minha – não posso levar o crédito por isso. Na verdade, é ideia de minha esposa, Gloria. E foi realmente do nada! Ela nos disse: ‘não seria legal se vocês regravassem as suas primeiras músicas? Porque o som é uma porcaria’.
Eu pensei: ‘tenho que ser honesto, o som é uma merda’. Mas são músicas incríveis, que escrevemos quando éramos adolescentes. Eu estava começando a escrever música e ainda aceitando a ideia de como é escrever uma música”.
Ele completou: “Eu nem sabia sobre afinação! O nosso primeiro material, Bestial Devastation, foi afinado em ré por acidente, pois acabei afinando de ouvido. Já nos outros discos, nós voltamos para a afinação padrão, que é em mi”.
O músico concluiu: “Eu amo esses discos, mas sempre houve uma parte de mim que pensava: ‘gostaria que eles soassem tão bem quanto soam ao vivo’.
E não estou falando apenas de mim – estou dizendo que adoraria ouvir Show No Mercy, do Slayer, com uma gravação sonora matadora, ou Bonded by Blood, do Exodus, ou Metallica: Kill ‘Em All.
Então, acho que para nós foi uma decisão fácil. Pensamos: ‘isso parece muito ruim, vamos dar a eles um som real e verdadeiro, mas mantendo a selvageria do original’. Eu acho que esse é o elemento-chave da nossa gravação: nós mantivemos tudo muito sujo e cru. Nós não limpamos e tornamos tudo super pop. Nós o mantivemos brutal, como os originais”.
A entrevista pode ser lida na íntegra neste link.