Depois da bombástica World Slavery Tour, o Iron Maiden teve pouco tempo de folga, pois logo voltou aos trabalhos para criar o sucessor de Powerslave, de 1984. O direcionamento que o líder e o baixista Steve Harris queria para o grupo era bem diferente das perspectivas de Bruce Dickinson.
O Air-Raid Siren queria uma pegada mais acústica, calcada em Jethro Tull, isto é, focada em um folk prog. Dessa forma, o cantor apresentou umas ideias aos companheiros de trabalho, que acabaram sendo recusadas.
No lote de ideias, Dickinson mostrou o embrião do que se transformaria em Tears Of The Dragon, hit de sua carreira solo lançado em 1994, no álbum Balls To Picasso.
Em entrevista à revista Metal Hammer, Bruce disse: “O Maiden ocupa um espaço único no panteão das bandas de rock, porque não se trata apenas de música, é quase como um fenómeno social.
Steve vê a identidade do Maiden como algo muito importante. Para mim, a identidade do Maiden é: ‘Se fizermos diferentes tipos de música ainda será o Iron Maiden, o que é provavelmente bem ingênuo'”.
O artista completou sua reflexão afirmando o seguinte: “Eu tive que muitas ideias que foram rejeitadas. Na verdade, eu tive uma ideia que se transformou em Tears Of The Dragon. Essa foi uma das rejeitadas pelo Maiden”.
Tears Of The Dragon, que foi lançada como single do segundo trabalho de estúdio solo de Dickinson, o já citado Balls To Picasso, entrou nas paradas de sucesso dos Estados Unidos, Inglaterra e Finlândia, e ajudou alavancar a carreira do cantor.