Goste ou não, concorde ou não, envelhecer é parte fundamental de nossa vida e vai acontecer com todo mundo – bem, com quase todo mundo, pois tem a turma que encontra com o Cara lá de cima em tenra idade. Mas, se tornar um veterano, é uma realidade inexorável e está além do nosso querer ou não querer.
O que está em nossas mãos, ao nosso alcance de mudar, é como vamos envelhecer. Há o pessoal que entra no pantanoso e perigosíssimo território da festança desenfreada no melhor e ou pior estilo curtindo a vida adoidado, cujo o céu é, literalmente, o limite da farra.
Para essa galera atolada na folia e esbórnia, o futuro, quando a dona da foice não vem puxar pelo pé logo na juventude, será implacável e vai chegar cobrando preços altíssimos, e não adiantará chorar pelo o que poderia ter feito para mudar os momentos desafiadores que baterão à porta, já que será tarde demais.
Quando este assunto é direcionado aos vocalistas e cantores, a coisa fica ainda mais dramática, pois o “instrumento musical” destes artistas é o próprio corpo, portanto, o cuidado, a prudência e o zelo são indispensáveis para uma boa qualidade de vida, bem-estar e longevidade, que estarão intimamente conectados ao pleno exercício e gozo da profissão e atividade que tanto afirmam amar.
Caso contrário, não adianta chorar as pitangas nas redes sociais, bancar a vítima, se descabelar na frente do espelho, fazer biquinho malcriado e declarar que Deus foi um menininho muito mal por ter tirado o seu dom de cantar, pois não é assim que a banda toca.
Sendo assim, propomos mencionar 7 cantores que perderam a mão, não se cuidaram e envelheceram de forma triste e perderam a capacidade de cantar de maneira habilidosa e caprichada.
Nota: O livre arbítrio é essencialmente a faculdade de escolher, por si mesmo, qual caminho a trilhar. É uma prerrogativa aplicada a todos nós, sem exceção. Dito isso, somos, sem dúvida, os agentes e idealizadores de nossa própria felicidade ou de nosso sofrimento.
Dito isso, os músicos – e quem quer que seja – têm a escolha de fazer o que bem quiserem de suas vidas, ninguém, absolutamente ninguém, tem a ver com isso. Entretanto, como instauram o chororô nas mídias sociais e em entrevistas, abrem margem para a nossa, digamos, intromissão.
Bem, parâmetros claramente estabelecidos e sem ruídos, então bora aos nomes de nossa triste seleção de chororô.
Jon Bon Jovi – Bon Jovi
O galã Jon, que já é um sexagenário, tem mais de quarenta primaveras puramente dedicadas ao hard rock. Todavia, na última década, pelo menos, os seus shows têm recebido muitos olhares atravessados, devido as graves panes vocais.
O músico já declarou que suas cordas vocais estavam atrofiadas, o que o obrigou a enfrentar o centro cirúrgico e que ainda se encontra em franca recuperação.
Ainda assim, recentemente, ao invés de assumir a responsabilidade de seu próprio infortúnio, o bonitão terceirizou a culpa para o Papai do Céu, e acabou não pegando muito bem e irritou parte de seu fã clube.
David Coverdale – Whitesnake
O romântico trocador do Whitesnake já teve uma das vozes mais incríveis do hard rock! Mas, infelizmente, jogou tudo para o alto ao mergulhar com tudo no esquema rock and roll all night and party every day.
Mesmo nos anos 90, época em que a sua voz já estava rateando, titio Coverdale mantinha o copo cheio e o cigarrinho aceso, sem parar. Dessa forma, não há gogó que aguente o tranco e o resultado está aí: problemas de pulmão, incapacidade de se apresentar e aposentadoria compulsória.
Vince Neil – Mötley Crüe
Esta estrela do rock nunca foi lá um grande cantor, um rouxinol que açambarcava a atenção de todo o público. Mesmo assim, ele conseguiu descolar um trampo da hora: se tornar o frontman do Mötley Crüe, e com a trupe alcançou sucesso, fama e fortuna; apesar do duo sexo e drogas falarem mais alto do que o rock n’ roll.
Na década de 1990, porém, a luz de alerta e os primeiros sinais de cansaço na voz se tornaram evidentes aos fãs. Neil começou ganhar muito peso e a falta de fôlego passar a ser um de seus piores algozes.
Hoje em dia, assistir uma apresentação ao vivo de Vince ganha contornos exóticos, na pegada de um freak show.
Paul Di’Anno – ex-Iron Maiden
Di’Anno nunca foi um grande cantor, mas foi a voz dos dois primeiros discos da Donzela de Ferro: Iron Maiden (1980) e Killers (1981), entretanto, colocou tudo a perder com a famigerada síndrome de rockstar, que é dar espaço a incontáveis comportamentos erráticos e abusos de substâncias ilícitas.
Foi demitido da Donzela de Ferro por não dar conta do job, basicamente. Desde então, o desmazelo com sua saúde e carreira foi a tônica de sua existência. Osteoporose, sepse, abcesso, MRSA e problemas no joelho são alguns dos desafios enfrentados pelo cantor ao longo dos últimos anos.
Atualmente, o músico tenta reerguer sua saúde e carreira, mas é fato que ganhou na loteria e perdeu tudo por não se cuidar e ou planejar a longevidade de sua vida.
Axl Rose – Guns N’ Roses
O CEO do GN’R é uma figura que vem exercendo enorme fascínio e magnetismo no público ao longo das últimas décadas. Mesmo com as novas gerações, que não presenciaram o ápice do vocalista no final de década de 1980 e começo de 1990, conservam um inexplicável deslumbramento e encanto pelo músico.
A despeito de tentar entregar uma performance cativante e tecnicamente apurada, o tempo tem sido implacável com Rose, e os anos de excessos de outrora estão cobrando um preço salgado, hoje em dia.
Dói o coração ver Axl se esgoelando no palco e perdendo todas as batalhas, o que poderia ter sido minimizado se tivesse tomado tendência logo após os primeiros baques em sua voz.
Sebastian Bach – ex-Skid Row
Tião sofre do mesmo problema do poderoso-chefão do Guns, Axl Rose, que não cuidou da voz e hoje colhe os frutos amargos de tal semeadura. Tentando correr atrás do prejuízo, Bach ainda é esforçado e tenta compensar a deficiência vocal com uma performance e presença de palco energética, o que é digno de louvor.
Esperto e astuto, Sebastian monta o repertório de seus shows recheado de clássicos, assim a plateia é praticamente compelida a ser o seu esteio vocal. A todo instante, Tiãozinho joga pra galera sem medo de ser feliz e deixa o povo fazer seu trampo.
Ozzy Osbourne – Black Sabbath
Ozzy foi seu maior, mais cruel e impiedoso carrasco. Os infinitos e diversificados abusos perpetrados pelo vocalista ao longo dos últimos cinquenta anos seriam fatais a qualquer outra pessoa. Poxa, mas nós devemos sempre ver pela perspectiva do copo meio cheio. Tudo bem! O Príncipe das Trevas vingou, no entanto, a sua saúde ficou bem avariada.
Fisicamente fraco, problemas no pescoço e coluna, Parkinson, entre outras atribulações, o cantor foi compulsoriamente aposentado, tempos atrás.
A triste saída de cena de Ozzy foi um duro golpe para os fãs e, principalmente, para o próprio vocalista. Se tivesse atolado menos o pé na jaca, o prolongamento de sua carreira seria uma realidade, o que seria maravilhoso.
Ainda sou extremamente fã do Coverdale, Bach, Axl e Jon. De todos, o mais avariado é o Bon Jovi. O Bach é o que está em melhores condições dentre eles, mas contudo, com todas as adversidades, ainda vale a pena ver todos eles no palco. Respeito o legado de todos.
Não concordo .. o antigo foi, via de regra, tendencioso e preconceituoso no que diz respeito a esses músicos, vocalistas que marcaram gerações.
Todos… vocalistas e membros das bandas viveram o Rock ao limite e construíram o pensamento Rock’n Roll.
Tem que respeitar quando se fala de Bon Jovi, Skid Row, Gun’s and Rose, Whitesnake, Iron Maiden, Motley Crue, Ozzy Osbourne e Paul Di’Anno.
Ha uma questão de excesso e outra de natureza. Em resumo, como não sabemos se seremos abençoado com uma voz longínqua, é.melhor na arriscar e cuidar da sua principal ferramenta de trabalho. Vejo o Dio , por exemplo, que manteve a voz muito bem. O proprio Bruce Dickson e o Paul Stanley não estão tão mal assim.
Peraí… Com Ian Gillan e o velho Dickinson ainda na ativa, ambos entoando poemas em vez de cantar já há uns 10 anos, vocês foram cismar com gente como o Tião Bach, que pelo menos se esforça e muito? Sério, Gillan e Dickinson, duas das maiores vozes de todos os tempos, não existem mais.