Max Cavalera (vocal e guitarra), Andreas Kisser (guitarra), Iggor Cavalera (bateria) e Paulo Xisto Jr. (baixo) mudaram a estética do rock n’ roll e heavy metal nacional com o Sepultura. O quarteto alcançou o tido como impossível: Fazer sucesso no mercado internacional, com um som de DNA próprio.
Com o sucesso da banda, os problemas de relacionamento também começaram a surgir aos montes, o que ocasionou a ruptura da formação clássica em meados dos anos 90.
No ano passado (2023), o baterista Jean Dolabella (ex-Ego Kill Talent, ex-Sepultura) recebeu Andreas em seu podcast Prática na Prática para dar uma geral em toda carreira do músico e do Sepultura.
Kisser comentou que o relacionamento com Max começou a degringolar na turnê de Arise, quarto disco de estúdio do grupo, quando o frontman começou a se envolver com a Glória Bujnowski – mulher que acabou se tornando sua esposa e empresária.
“Em 92, a gente começou a fazer a mudança para o Estados Unidos. Nesta turnê, Max começou a se envolver com a Gloria, que foi um choque para todo mundo. Na Rússia rolou um monte de coisa, e eles começaram o relacionamento lá. Aí começaram os problemas por causa disso. Cada um ficou tentando viver o seu sonho.
E esse foi o começo da ruptura, foi quando a gente estava começando a criar a nossa identidade musical com Chaos A.D. e Roots, que colocaram o Sepultura em um patamar diferente. Mas a nossa organização estava caótica. Tinha muito drama, as coisas não eram muito objetivas e profissionais.
A gente passou por tudo isso em Arise e Chaos A.D. – Max colocava filho na capa de revista, ou seja, desvirtuou o que era o Sepultura de verdade. Começaram a tomar proveito de uma situação, e foi uma atitude mesquinha; ao invés de crescer junto, o que seria natural.
E aconteceu o que aconteceu no Roots, pois não deu para aguentar e tudo explodiu. Mas tudo começou neste grande sucesso e as pessoas tendo outros planejamentos, ideais pessoais”.
Eis o bate-papo na íntegra neste tocador: