“No meio do metal há muita crítica; no metal não pode um monte de merda”, diz Andreas Kisser

No ano passado (2023), o baterista Jean Dolabella (ex-Ego Kill Talent, ex-Sepultura) recebeu em seu podcast Prática na Prática o líder e guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser. Em um longo papo, a dupla conversou sobre o início de carreira, os primeiros shows fora do Brasil, sucesso e muitos outros assuntos.

Andreas também falou abertamente sobre o seu “apelido” de arroz de festa, que algumas pessoas insistem em chamá-lo, pois toca em muitas outras gigs fora da seara metal, ou seja, com músicos e artistas de outros estilos musicais, e isso, de certa forma, deve ferir o orgulho do metaleiro tr00zão.

“Quando o Max [Cavalera] saiu da banda, isso foi um choque para todo mundo, apesar de estarmos vivendo todos os problemas. Eu nunca imaginava que ele teria uma atitude dessa: vou sair, fuck you all e vou fazer o meu.

A partir dali deu uma chacoalhada, não só musicalmente como banda, mas de vida mesmo, foi um momento de reafinar a vida pessoal, o negócio. E eu comecei a não ter receio. Você está no meio do metal, você escuta crítica pra caralho. Metal não pode isso, metal não pode ir no Faustão, metal não pode usar amarelo, o metal não pode um monte de merda.

A partir dali eu comecei a jogar o foda-se! Eu tenho o privilégio de conhecer tanta gente, e gosto de tocar. Então, por que não? Em 2002, eu comecei a fazer as jams no Blen Blen [casa de shows de São Paulo] com vários amigos; chamei Júnior [Lima – cantor de pop e sertanejo, irmão de Sandy] e outros pessoas.

Então foi após a ruptura e depois de ter que reconstruir, achar o Derrick [Green], achar outros produtores e mudar de gravadora que abriu possibilidades, e foi muito bom”.

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