Todo fã de heavy metal, de rock pesado, tem uma dívida eterna com o vocalista Ozzy Osbourne e resto de toda a trupe do Black Sabbath, já que foram os caras que criaram o nosso amado estilo musical.
No Sabbath, Ozzy assinou seu nome em álbuns como Paranoid (1970), Master of Reality (1971), Vol. 4 (1972) e Sabbath Bloody Sabbath (1973). Depois de ter sido demitido da banda, nos finalzinho dos anos 70, o Madman entrou com tudo em uma carreira solo ainda mais bem sucedida que outrora.
Em sua banda, o Príncipe das Trevas conta com uma discografia robusta formada por trabalhos do quilate de Blizzard of Ozz (1980), Diary of a Madman (1981), Bark at The Moon (1983), The Ultimate Sin (1986), No Rest for the Wicked (1988) e No More tears (1991).
E não há pessoa mais indicada para falar da carreira de Osbourne do que o próprio Madman. Dito isso, vamos nos aprofundar e conhecer a história de 10 hits do comedor de morcego, tendo como guia o protagonista de toda a festa.
Então, aperte o cinto e bora viajar neste trem doido!
1 – I Don’t Know
“Quando as pessoas têm sucesso, elas começam a se tornar filósofos de rua. Eu não sou esse tipo de cara, sou um cara do rock n’ roll disléxico, então nessa música sou eu dizendo: ‘Não me faça perguntas, eu não sei’. Eu nem sei quanto custa uma cerveja”.
2 – Crazy Train
Bob Daisley fez muitas letras para o álbum Blizzard of Ozz. Eu provavelmente fiz: ‘Estou saindo dos trilhos como um trem maluco’. Mas eu ficava preso em alguma parte da letra e ele me ajudava.
E Randy Rhoads foi brilhante, ele foi o primeiro cara na minha vida que disse para eu tentar isso ou aquilo. Quando fizemos Crazy Train eu sabia que tínhamos algo bom. Foi um momento mágico”.
3 – Suicide Solution
“Essa era sobre eu beber até morrer! Eu estava bebendo uma grande quantidade de bebida naquela época. Em 24 horas eu bebia quatro garrafas de conhaque Hennessey e acordava com o fígado pendurado na bunda! Isso estava me matando”.
4 – Mr. Crowley
“Eu tinha essa linha melódica para algum som do Black Sabbath. A razão pela qual escrevi sobre Crowley foi que naquela época Jimmy Page [Led Zeppelin] havia comprado uma livraria ocultista e a casa de Aleister Crowley, então as pessoas do meio rock n’roll estavam sempre falando sobre Crowley. Eu já tinha ouvido esse nome tantas vezes, mas eu não sabia realmente do que se tratava”.
5 – Flying High Again
“Essa também é sobre mim e meus anos com drogas. Eu fui um menino mau por muito tempo. No entanto, todo mundo adoraria ser aquele cara maluco por um fim de semana. Eu não dava a mínima para o que alguém pensava ou dizia. Mas você não pode viver esse estilo de vida para sempre”.
6 – Bark At The Moon
“Na época, eu tinha um baterista chamado Tommy Aldridge (Whitesnake), e ele sempre dizia: ‘Eat shit and bark at the moon – ‘Coma merda e uive para a lua’, em uma tradução livre.
Achei que era uma expressão muito interessante, mas não consegui colocar Eat Shit And Bark At The Moon como o título da música! Bob Daisley escreveu a letra, tinha uma pegada meio Halloween. Combinava com a minha imagem da época”.
7 – No More Tears
John Purdell (produtor) escreveu a letra e eu criei a linha melódica. No More Tears me trouxe aos anos 90. Eu não iria começar a seguir o Nirvana ou o Soundgarden.
Eu me lembro dos anos 80, quando tudo era chamativo, mas acabamos nos encaixando. Nos anos 90, tudo mudou de uma hora para outra e cerca de 500 mil bandas foram para o ralo e nunca mais voltaram”.
8 – Road To Nowhere
“É sobre quando você chega na crista da onda e não sabe para onde está indo! Pode ser uma grande viagem, um grande tombo ou pode ser comido por um tubarão. Há muito de AA [Alcoólicos Anônimos] nessa música: ‘Os destroços do meu passado continua me assombrando’, eles estão sempre falando sobre como você deve limpar os destroços do seu passado”.
9 – Mama I’m Coming Home
“Todo mundo pensa que isso é sobre minha mãe, mas não é! É sobre a Sharon! Lemmy escreveu essa letra para mim. Tenho boas lembranças de Lemmy. Ele era um homem interessante. Você entrava no apartamento dele, e era como entrar na porra de um museu de guerra. Ele era um homem muito culto! Sinto muita falta de Lemmy”.
10 – I Don’t Want To Change The World
“Toda vez que canto essa música penso em Lemmy. Essa também foi uma letra escrita por ele. Tem um verso que diz: ‘Diga que sou um pecador, tenho novidades para você. Falei com Deus esta manhã e ele não gosta de você’. Esse era Lemmy, um cara irônico”.