Angra: Sequência de acordes de Carry On é a mesma de No Woman, No Cry (Bob Marley), segundo Kiko Loureiro

Toda banda que está no circuito profissional e já se estabeleceu no mercado musical tem sons que caíram na graça do público. Seja o Black Sabbath com Paranoid, o Iron Maiden com The Trooper ou Metallica com Master of Puppets; todo mundo tem pelo menos um clássico para chamar de seu.

Obviamente, o maior representante do power metal brasileiro, o Angra, tem os seus hits que não podem faltar em nenhum show. Uma destas canções é Carry On, open track do primeiro trabalho de estúdio da banda, Angels Cry, lançado em 1993.

Durante entrevista ao podcast Flow, o ex-guitarrista do grupo, Kiko Loureiro, falou sobre a importância da faixa. O guitar hero ainda comentou sobre a sequência de acordes da música e ressaltou que é a mesma de No Woman, No Cry, do cantor de reggae Bob Marley.

“Carry On é a música que abre o álbum, é uma música de muita energia e forte, é uma música que tem o esquema do power metal, bem no estilo Helloween, e a letra tem o lance de vai que você consegue, positiva.

Ela foi escolhida para estar ali! Tem a introdução, que é um prólogo da sinfonia número oito, Inacabada, de Schubert, e depois entra Carry On.

Na época, a gente tinha uma relação com a Alemanha, porque tinha um cara que fazia as pontes para gente, pois ele trabalhava com outras bandas e tinhas vários esquemas.

Se eu não me engano, ele foi o primeiro empresário do Helloween, que era uma banda referência para a gente.

O Helloween é grande no Japão e a gravadora de lá queria investir em nosso álbum. Então, Carry On era a música mais Helloween do disco. Ela tem uma sequência de acordes que é bem familiar, que é parecido com Let it Be (Beatles) e com O Leãozinho (Caetano Veloso).

A sequência de acordes era a mesma de No Woman, No Cry, de Bob Marley. Essas sequências de acordes vem da música erudita, lá do barroco, então já estão impregnadas em nossas cabeças. Elas estão nessas músicas que eu citei e mais um milhão de outras.

Então, quando você faz um refrão com esses acordes, mesmo numa estética heavy metal, a sensação é: já ouvi isso. Com isso, as pessoas já abraçam.

É o meio da música pop, você pega o que já está lá, que é orgânico, coisas que as pessoas acham que já ouviram antes, e faz o novo. É um novo familiar.

E Carry On tem disso, mas tem outras sacadas interessantes, tem o virtuosismo, tem de tudo um pouco”.

O trecho da entrevista em que Kiko Loureiro fala sobre Carry On pode ser assistido logo abaixo:

Caso queira fazer a comparação entre Carry On e No Woman, No Cry, acesse estes dois outros tocadores:

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