Kiko Loureiro: O futuro está cheio de possibilidades

Dois discos de estúdio, um Grammy de Melhor Performance de Metal por Dystopia, shows nos principais festivais do planeta, apresentações esgotadas e toda sorte de glórias que o meio musical pode oferecer chegaram ao guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, durante o período em que fora o axe man de Dave Mustaine no Megadeth.

O guitar hero brazuca chegou ao primeiro escalão do heavy metal mundial por ser, claro, dono de uma técnica musical e de uma criatividade invejáveis por seus pares. Para os padrões internacionais, Kiko, ao incorporar sabores brasileiros e latinos em sua arte e playing, apresentou novas facetas sonoras e um novo cabedal artístico que o público norte-americano e europeu, por exemplo, não estavam necessariamente acostumados.

Outro fator de extrema importância que lhe auxiliou apontar a bússola em direção do sucesso fora ver e conduzir sua carreira como uma empresa. Soa óbvio esta afirmação, no entanto, no Brasil, são pouquíssimos músicos que agem de tal forma profissional, com meta a curto, médio e longo prazo; com estratégia de marketing; com balancete anual/mensal do que entrou e saiu do caixa, etc.

Muitos músicos aqui da terrinha adoram jogar um verniz de Menino Charlinho na própria inabilidade ou preguiça de se enxergar como uma empresa. Sim, dá um trabalhão danado, mas o resultado é satisfatório, vide o nosso exemplo mor, Kiko Loureiro.

Um adendo! Aqui no Brasil há muitos, muitos músicos de extrema capacidade técnica; instrumentistas que transpiram em cada poro do corpo musicalidade, originalidade e capricho musical. Contudo, pecam na seara dos negócios, ficam completamente cegos, sem saber qual caminho a seguir. Já passou da hora de mudarmos este panorama!

Voltando ao Tesouro, a sua postura artística+empresarial o levou, a título de exemplo, a assinar com a gigante Ibanez, ter sua guitarra signature na empresa; dividir palco com algumas das maiores estrelas da música pesada; ser o braço direito de Mustaine e conquistar o seu respeito – e não é necessário destacar o quão difícil de lidar é Dave, certo? -, mas, mesmo assim, Loureiro não se intimidou e mostrou suas múltiplas capacidades ao ruivo e aos gringos.

Kiko atingiu um nível em sua profissão que nenhum outro músico de rock e metal de nosso país alcançou. Nem mesmo o saudoso Andre Matos, que também era muito bem articulado e bem-quisto no mercado.

Com sua saída/demissão do Megadeth, o guitar hero carioca tem muitas opções: criar um supergrupo com os amigos que caminham no mesmo patamar profissional; ser um hired gun de alguma das principais bandas do circuito internacional ou, até mesmo, focar em sua notável carreira solo.

O caminho, pelo menos profissional, do virtuoso Kiko Loureiro está aberto e com muitas possibilidades! Dessa forma, desejamos que ele continue sendo uma grande fonte inspiração a muitos artistas brasileiros.

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