Algumas profissões como minerador, dublê, motorista, entregador, eletricista e jornalista de guerra são essencialmente perigosas, cujo o risco de vida é iminente, efetivo e parte integral do dia a dia das pessoas que as desempenham, além disso, tais ofícios veem embalados pela agoniante sensação: vou para o trabalho, mas não sei se voltarei para casa. É algo triste, mas verdadeiro, o que deve, no mínimo, nos inspirar de ainda mais empatia por estes e outros profissionais do mercado.
Bem, o universo rock e metal também tem sua cota de perigo! Calma lá! Não precisa esbravejar e querer esganar o redator por fazer alguma simetria com o perigo real das profissões citadas anteriormente. Contudo, de forma deliberada ou não, a música pesada tem a sua parcela de perigo e cilada, que pode vitimar os músicos e membros da equipe técnica – o que já aconteceu, infelizmente.
Portanto, queremos recordar algumas artistas/bandas que passaram grandes perrengues, a ponto de flertarem com a temida ceifadora, a dama sombria que consegue causar arrepios na nuca do mais tr00zão guerreiro do metal: a senhora morte.
Ozzy Osbourne
O Príncipe das Trevas é um milagre ambulante, pois já usou e ou consumiu as mais diferentes substâncias alucinógenas. O Madman é praticamente um ser radioativo, visto o quanto de química que já colocou para dentro de seu corpo.
Todavia, o que quase o levou a bater um papo ao vivo e a cores com o Papai do Céu – ou com o Tinhoso – fora um acidente de quadriciclo, em 2003. O cantor, que chegou a parar de respirar por um minuto e meio, fraturou oito costelas e uma vértebra do pescoço.
Osbourne foi submetido a uma cirurgia de emergência, ficou internado na UTI por um tempo, porém, conseguiu recuperar a saúde, na medida do possível.
Vince Neil (Mötley Crüe)
O frontman do Crüe é outro que quase entrou para a turma do Gasparzinho. Em 08 de dezembro de 1984, Vince, que estava embriagado, pegou seu carro esportivo para comprar mais goró – na companhia de Neil estava Nicholas “Razzle” Dingley, baterista do Hanoi Rocks.
Bêbado e dirigindo o veículo em alta velocidade, o cantor perdeu o controle da direção e acabou colidindo com outro veículo. Apesar dos atendimentos de primeiros socorros, Razzle não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. O acidente ainda feriu gravemente dois passageiros do outro veículo.
Vince se machucou bastante, mas conseguiu sobreviver para contar a trágica história.
Metallica
Meados dos anos 80, o Metallica estava em franca ascensão, desbancando grandes nomes do rock e metal e fundamentando sua carreira com grandes álbuns de estúdio e apresentações vigorosas.
Contudo, no dia 27 de setembro de 1986, durante a perna europeia da Damage, Inc. Tour, aconteceu o golpe mais duro em toda carreira da banda: um trágico acidente com seu ônibus de turnê que vitimou fatalmente o baixista Cliff Burton.
O grupo fez uma apresentação na cidade de Solna, em Estocolmo, Suécia, e estava a caminho de Copenhagen, Dinamarca, para continuar a perna escandinava da turnê. No entanto, no condado de Dörarp, ainda na Suécia, o ônibus derrapou na pista congelada e capotou; o músico foi lançado para fora do veículo que acabou o esmagando.
Fisicamente James e Kirk não sofreram nada; Lars quebrou apenas um dedo do pé. A equipe técnica que estava no veículo não sofreu sérios danos físicos. Mas os sofrimentos emocionais foram praticamente infinitos aos três músicos remanescentes, companheiros de trabalho, amigos e familiares do baixista.
O assunto ainda causa bastante tristeza em James, Lars e Kirk, que testemunharam, definitivamente, um inferno na terra, ao ver o amigo morrer daquela forma.
Nikki Sixx (Mötley Crüe)
As histórias de excesso e libertinagem de Nikki e seus companheiros de banda abalaram a sociedade e os cidadãos de bem da década de 1980, além disso, passou a ser parte, para o bem ou para o mal, do estereótipo do astro de rock, cujo lema é o famigerado sexo, drogas e rock n’ roll.
Um dos ápices dos abusos de Sixx aconteceu em dezembro de 1987, depois de muita birita e uma overdose de heroína. O músico ficou sem respiração e batimento cardíaco, chegou a ser declarado como morto por parte da equipe médica que o acudiu, entretanto, um paramédico injetou uma outra dose de adrenalina para tentar reverter o quadro fatal.
Por muita sorte, pacto com o capiroto ou milagre de Chessus, Sixx retomou a respiração e o batimento cardíaco, foi encaminhado ao hospital para ficar em observação. Pouco tempo depois, o músico já estava aprontando, novamente. Esses anos 80 foram impossíveis!
Duff McKagan (Guns N’ Roses)
Outra turma que flertava com a morte e a desafiava o tempo todo era a galera do GN’R! Secar uma garrafa de Jack Daniel’s era praticamente uma missão a ser cumprida no café da manhã para os caras; sem contar nas outras coisitas que faziam parte do combo da destruição, que fariam o próprio Belzebu correr de medo.
Em 1994, Duff chegou ao fundo poço e viu a mãe pela greta quando seu pâncreas fora rompido, devido ao uso excessivo e contínuo de drogas e bebidas. Milagrosamente, McKagan conseguiu chamar ajuda e fora imediatamente para a sala de cirurgia. Sobreviveu, tomou tendência e mudou os hábitos de vida.
James Hetfield (Metallica)
Comecinho da década de 1990, Metallica e Guns N’ Roses dominavam o rock e o metal, e os empresários, com a fixa ideia de fazer o maior volume de grana possível, uniram os dois grupos para uma turnê, que fora, comercialmente falando, um grande sucesso, com ingressos esgotados em praticamente todas as datas.
No entanto, uma sensação estranha, sombria, de que algo ruim estava a ponto de acontecer sempre pairava no ar. Bem, durante um show em Montreal em 1992, James Hetfield acabou se posicionando mal no palco e um dispositivo pirotécnico explodiu em cima do frontman.
James sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus, porém, apesar do imenso susto e os dolorosos curativos, Papa Het conseguiu se recuperar em poucas semanas para voltar aos palcos.
Travis Barker (Blink-182)
Em 2008, o baterista Travis Barker e Adam ‘DJ AM’ Goldstein foram os dois únicos sobreviventes de um acidente aéreo, que vitimou quatro pessoas: piloto, copiloto, assessor de Travis, Chris Baker, e o segurança Charles Monroe.
Uma investigação realizada pelo Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos descobriu que um pneu estourado foi a causa do acidente; os peritos concluíram que o pneu estourou pois estava na calibragem errada, ou seja, fora feita uma manutenção inadequada.
Ao se dar conta do problema, a tripulação optou por abortar a decolagem, entretanto, a aeronave já estava na velocidade máxima para levantar voo, com isso acabou colidindo com uma cerca no final da pista de pouso e atravessou a rodovia adjacente, antes de parar em um terreno baldio.
Como dito, o jato pegou fogo, matou a tripulação e parte dos passageiros.