O avanço da tecnologia trouxe muitas facilidades para o cotidiano das pessoas; seja no pagamento das contas, na compra de produtos e serviços, entre outras coisas. Na música, a tecnologia ajudou, por exemplo, na ampliação das produções, pois, mesmo em casa, com a ajuda de um software, as pessoas podem criar suas próprias músicas, gravá-las e lançá-las na web.
No entanto, o avanço tecnológico tem seu lado sinistro, por assim dizer! Com o auxílio de alguns programas é fácil maquiar os erros de uma apresentação artística. O fator humano e o fator talento, em muitos casos, se tornam secundários.
O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, conversou com o radialista Dave Gleeson, da rádio australiana Triple M, e ressaltou que a Donzela de Ferro não usa tais artifícios, que são chamados pelo meio musical de backing tracks.
O cantor também pontuou que o grupo não baixou o tom das canções, procedimento usual para muitas bandas em que os vocalistas não conseguem atingir o tom original dos sons.
“As pessoas realmente vão a um show para ouvir a música. Sempre fomos, como posso dizer, carne e batata, não somos como uma comida de chef. O que as pessoas veem é o que é. As músicas não são necessariamente diretas, mas a atitude é. Nós ainda tocamos todas as músicas no tom original; não baixamos a afinação e coisas assim.
Nós ainda tocamos tudo muito rápido, porque estamos animados. Nós não tocamos com metrônomo, cliques ou coisas do tipo. E eu vejo muitas bandas usando este artifício.
Há também os backing vocals voando para a esquerda, para a direita, para o centro e para tudo que é lado. Mas não fazemos nada disso! Tudo é analógico e real. Somos meio old school nesse aspecto, mas vale à pena, pois o público entende que a realidade é cada vez mais rara hoje em dia”.
A entrevista completa está disponível no tocador a seguir: