Nota por nota: Teemu Mäntysaari é puro capricho na execução dos solos do Megadeth

Todo headbanger do planeta Terra – quiçá do universo – já sabe que o guitarrista brasileiro, Kiko Loureiro, precisou se afastar dos compromissos do Megadeth para se dedicar a algumas demandas pessoais e familiares, e o seu substituto  – temporário ou não – tem sido o finlandês Teemu Mäntysaari (Wintersun, Smackbound).

Em pouquíssimo tempo na banda, já no primeiro show ao lado de Dave Mustaine (vocal e guitarra), Dirk Verbeuren (bateria) e James LoMenzo (baixo), Teemu jogou por terra todas as interrogações e olhares desconfiados sobre sua capacidade musical.

Com técnica apurada e em dia, Mäntysaari provou estar muito seguro em suas habilidades e destrezas para apresentá-las no palco, que é um ambiente deveras intimidador; é um local sagrado, sem dúvida, mas que pode empacar e amedrontar até mesmo o pessoal mais tarimbado, com muita milhagem na cena fonográfica.

Por dentro, desde sua estreia com o grupo, as suas emoções podem estar um turbilhão, elevadas a enésima potência, com o batimento cardíaco a milhão, no entanto, por fora, Teemu tem mostrado serenidade na execução das canções, sem afobamento, tampouco atropelando o andamento e a pulsação das músicas.

Ah! E não confunda serenidade com uma performance robótica, sem expressão, pois não é o caso aqui. O músico entrega um espetáculo no palco, batendo cabeça, interagindo com o público e cobrindo cada brecha do cenário – pelo menos os locais em que Mustaine o deixa atuar.

Outro ponto interessante na atuação do finlandês é o seu cuidado na execução dos solos. Bandas como Ozzy Osbourne, Iron Maiden, Metallica e Megadeth, exemplificando, têm um trabalho de guitarra de primeira ordem, com solos e riffs impecáveis. E esses componentes, tão importantes para o rock e metal, estão na ponta da língua dos fãs, no coração e mente do público, sendo assim, assistir uma apresentação em que esses elementos não são cumpridos nota a nota, dá uma sensação desagradável.

Imagina assistir um show do Madman e os solos de Crazy Train, Mr. Crowley e No More Tears, por exemplo, venham transfigurados, soando como uma pálida sombra do original. Alguém pode querer argumentar o seguinte: o músico tem o direito de se expressar à vontade e improvisar. É óbvio que sim, mas no momento oportuno; naquele ponto da apresentação em que é cedido ao lead guitar um tempinho para fazer suas graças.

Mäntysaari tem se mantido fiel aos solos do Megadeth, algo que Kiko Loureiro nunca se ateve; o brasileiro, que detém uma técnica afiada, desde sua entrada no grupo, vinha trazendo um quê de improviso em suas performances. Como dito anteriormente, é um balde d’água fria para quem quer curtir os solos na íntegra, nota por nota.

Em suma, Teemu e Kiko são grandes músicos e fazem um trabalho bem acima da média do que tem se manifestado na atual cena metal. Mas como será o desenrolar da novela Megadeth? Bem, teremos que assistir os próximos capítulos da história na rede social mais perto de você.

Mas uma coisa é certeza: como é bacana prestigiar Mäntysaari tocando guitarra.

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