Em 1981, o Iron Maiden já tinha esgotado todas as possibilidades com o vocalista Paul Di’Anno; e para alçar voos maiores, a entrada de um cantor com mais capacidades técnicas, com uma voz mais avassaladora e com uma postura mais profissional era a necessidade que precisava ser suprida o mais rápido possível; não havia tempo a perder.
O baixista e fundador Steve Harris do Maiden comentou em uma entrevista em 1981 (via UCR): “Tivemos que fazer uma mudança. Se não fizéssemos essa mudança, acho que a banda ia se separar ou algo assim. Não acho que o Maiden ainda estaria aqui se tivéssemos ficado com Paul”.
Bem, problema detectado, e a solução? O jeito foi fazer um pente fino no mercado britânico e escolher a dedo o indivíduo que melhor se enquadrasse com as pretensões musicais do grupo. A solução veio de uma das promessas da New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM), Samson, com o vocalista Bruce Bruce, que já tinha colocado na praça os álbuns Head On (1980) e Shock Tactics (1981).
Bruce Bruce? Pois é, o nome artístico precisava de um pequeno retoque – um upgrade, se preferir – mas o gogó do moço já estava a ponto de bala. Rod Smallwood, que é o empresário e um dos sócios do Iron, foi quem chamou Bruce Bruce de canto, durante um show do Samson e Maiden no Reading Festival, e fez o convite para fazer um teste no Maiden.
O frontman aceitou a proposta, passou com glória e prestígio no teste e abocanhou a vaga de vocalista na banda que se tornaria uma das maiores do heavy metal – quiçá a maior. E o nome do moço, como ficou? Pois bem, Bruce Bruce é um pseudônimo tão ridículo quanto outras pataquadas do universo pop e pop rock como Jay-Z, Lady Gaga, Bono Vox e Drake.
Dessa forma, Smallwood aconselhou o rapaz a alterar o nome artístico, que passou a usar o codinome de Bruce Dickinson. Mais sonoro e sério, diga-se de passagem.
No dia 26 de setembro de 1981, o cantor foi oficializado como vocalista da Donzela de Ferro, e um mês depois estreou ao vivo, em uma apresentação na cidade de Bolonha, Itália.
E como ficou a banda depois disso? Olha, como dizem, o resto é história! Mas é só ouvir a discografia dos caras para constatar o quão bem se saíram.