Somewhere In Time é a maior obra-prima do Iron Maiden

Meados dos anos 80, o mundo do heavy metal estava em festa, em completo júbilo, visto que por onde se olhasse tinham bons discos e bandas ganhando o mercado. E é patente que nomes já celebrados da cena rock e metal iriam se beneficiar de citada bonança e prosperidade. Um desses grupos fora o icônico Iron Maiden.

Em 1986, o quinteto quebrou mais uma vez seus protocolos e colocou na praça Somewhere In Time, trabalho diferente de tudo que havia lançado até então. O disco é o sexto registro de estúdio da banda, e o terceiro full-length consecutivo com a formação considerada áurea: Bruce Dickinson (vocal), Steve Harris (baixo), Adrian Smith (guitarra), Dave Murray (guitarra) e Nicko McBrain (bateria). Ou seja, o quinteto estava mais do que afiado e entrosado!

SIT é um trabalho bastante coeso e amadurecido, em que os músicos exploram ao máximo seus potenciais como compositores. Há espaço para o virtuosismo individual, mas dentro de um contexto muito bem azeitado e em perfeita sintonia com as canções; não há nada fora de esquadro.

A Donzela de Ferro sempre soube entrelaçar a ferocidade do heavy metal e o rebuscamento erudito, e o repertório de Somewhere In Time, por exemplo, legitima por completo tal afirmação.

Apesar do cansaço imposto pela longuíssima World Slavery Tour, que passou, inclusive, pelo Brasil, em janeiro de 1985, o Maiden não perdeu o pique, tampouco o fôlego. Na verdade, o trabalho anterior Powerslave (1984), bem como sua turnê serviram de combustível para a edificação de Somewhere In Time, afinal, o sarrafo já estava alto, assim, a única opção era superar a assertiva marca anterior; jamais retroceder.

O resultado fora uma magistral sintonia entre Steve e Nicko, uma saudável e virtuosa disputa das duas seis cordas, que vieram recheadas por timbres sintetizados, e uma performance de tirar o chapéu de Dickinson, embora o cantor não estivesse tão à vontade com os rumos da obra, pois idealizava um direcionamento orientado às dinâmicas acústicas.

Mesmo lançando mão de novos padrões e nuances sonoras, Somewhere In Time é um disco muito bem elaborado e que não decai em nenhum momento na taxa de decibéis. O refinamento das oito canções do repertório nos “obriga” a afirmar que se trata da maior obra-prima do Iron Maiden em toda sua carreira, que já passa das quatro décadas.

O resultado de Somewhere In Time foi tão bacana, que o Judas Priest quis alcançar o mesmo fim com Turbo, mas acabou morrendo na praia. Bem, mas sobre esse disco a gente comenta em uma outra oportunidade. Hoje, a gente brinda e enaltece Somewhere In Time!

15 comentários em “Somewhere In Time é a maior obra-prima do Iron Maiden”

  1. Elencar a maior obra prima do Maiden é uma tarefa muito difícil, pois entre o The Número e o Fear Of The Dark vieram obras das mais incríveis. Eu concordo com a matéria, Somewhere in Time é o melhor mesmo, mas, ao meu ver, está muito, mas muito pouco mesmo à frente do Piece of Mind e do Powerslave, estes seguidos do The Number e do Seventh Son.

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    • Questão de gosto. Mas o que deixa o Simewhere incrível são as guitarras do Adrian. Todas as músicas do álbum têm riffs e solos muito fuedas e marcantes. E Alexander the Great é a melhir música da banda.

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  2. Como se trata de opinião, hje a minha, após 30 anos ouvindo e colecionando Maiden, é de q este está entre meus 3 preferidos da banda. Sem dúvida, é um disco q tem muito do Adrian e sua pegada Hard rock – um dos melhores guitarristas do metal. Foi o primeiro disco de rock q tive, presente de meu pai

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  3. Eu amo esse álbum ; mas o melhor ?

    Meu top 5 da Donzela :

    1) Powerslave

    2) The number…

    3) Piece of …

    4) Seventh son …

    5) e aqui o ‘ Somewhere …’ , meu brother .

    E não é questão de gosto apenas . É ver pelo lado técnico , sonoridade e o mais importante : a preferência e opinião da imensa legião de fãs do gigante Iron Maiden , né 😉

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    • Sou fã deles a muito tempo e pra sim , o Somewhere in Time é o melhor álbum, uma música que poucos falam mas eu acha a melhor e Sea of madness, muito bom arranjo , além disso tem o solo majestoso de Caugth Somewhere in Time super técnico. O Álbum inteiro é sim a melhor obra prima do Iron , Power Slave é bom mas tem músicas ali que nem consigo escutar de tão fejao com arroz. Mas é gosto.

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  4. Todos os discos da era Dickinson soam um pouco pasteurizados, para o meu gosto. Nada supera a fase Paul Dianno, o grupo tinha mais identidade. Não digo que seja ruim depois, porém, em minha opinião, as obras primas do Maiden estão nos primeiros álbuns.

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  5. A capa de “Somewhere In Time” é futurista. Passados mais de 35 anos, a capa é um “quadro” bem bacana de ser admirado. O álbum, para quem não conhece o trabalho da banda, é o mais acessível. Compreensível. O mais pop, sem ter conotação pejorativa. É o álbum que eu mais gostei do Iron Maiden. Entretanto, não tento elencar o melhor álbum da banda. Até “Fear Of The Dark”, creio eu, que seja a década áurea do Iron Maiden. Cada pessoa pode escolher um álbum diferente, como sendo o melhor, na sua opinião. Bons tempos.

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  6. Concordo plenamente com a matéria, é o único álbum do Iron que eu não pulo nenhuma música, o solo de Caugth Somewhere in Time , riff histórico de Wasted Years, Sea of Madness pra mim a melhor do Álbum. Minha Sequência Iron
    1 – Somewhere in Time
    2 – Seven son
    3- Brave New World
    4- Peace of Mind
    5- Fear of the Dark
    6- Power Slave
    Depois qualquer um tem a mesma relevância.

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  7. Particularmente vi esta banda em suas fases…uma evolução que poucas bandas tem nestes estilos, digo estilos pois com Paul D’Anno Bruce Dickinson e Bleze Bave superações com saídas de membros e o retorno de Bruce Dickinson. Killers, The Number of the Beast, Peace of Mind, Powerslave, Somewhere in Time.

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