O baixista e letrista do Black Sabbath, Geezer Butler, bateu um papo com o apresentador Mark Jeeves, do programa britânico My Planet Rocks, e relembrou o período conturbado da demissão de Ozzy Osbourne do Sabbath e a entrada de Ronnie James Dio.
Segundo Butler, a saída de Osbourne foi como a retirada de um peso que impedia a banda de progredir. O baixista ressaltou que, no final das contas, a dispensa de Ozzy foi benéfica para todas as partes, inclusive para o Madman.
“Em 1979, a gente sabia que havia chegado o fim da formação original da banda. Ozzy não estava mais interessado no grupo; na verdade, acho que nenhum de nós estava mais interessado. Nós até tentamos escrever outro álbum juntos, mas simplesmente não estava rolando. Ozzy estava em um estado físico e mental ruim; ele precisava ir embora, se recompor e buscar ajuda, e foi o que aconteceu.
Neste intervalo, Tony Iommi conheceu Ronnie e ficou bastante entusiasmado em trabalhar com ele, e eu pensei que seria Tony e Ronnie se reunindo e fazendo um álbum por conta própria. Mas acabou acontecendo a demissão de Ozzy, então Tony chamou Ronnie para conversarmos, e ele veio.
Na época, nós estávamos trabalhando em Children Of The Sea, mas não havia nenhum vocal na música. Ronnie colocou os vocais em Children Of The Sea e ficou brilhante. Ele conseguiu fazer o que queríamos”.
Já sobre o sucesso do álbum Heaven and Hell (1980), o primeiro do Sabbath com Ronnie James Dio, Geezer disse o seguinte: “Nós não esperávamos tanto. Mas o álbum saiu e foi incrivelmente bem, acabou vendendo milhões, além disso, os shows esgotaram na hora. Nós revivemos, foi como surgir das cinzas. Foi incrível”.
E por falar em Geezer Butler, o músico lançou no mês passado sua autobiografia, intitulada Into the Void: From Birth to Black Sabbath – and Beyond, via Dey Street Books. A obra cobre seus anos como baixista e principal letrista da banda, além disso, detalha como prevaleceu como um dos principais nomes da música pesada.
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