“Pude encontrar minha voz no Whitesnake, coisa que não consegui no Deep Purple”, afirma David Coverdale

Em entrevista ao site Metal Edge, o vocalista David Coverdale relatou a importância de seu tempo no Deep Purple e seus primeiros passos com o Whitesnake. De acordo com o cantor, os três álbuns em que participou no Purple – a saber: Burn (1974), Stormbringer (1974) e Come Taste the Band (1975) – foram de extrema importância para sua carreira, mas a plenitude de sua performance chegou apenas na época do Whitesnake.

A seguir, você pode conferir alguns trechos do bate-papo. Caso queira conferir a entrevista completa, acesse aqui.

Metal Edge: Saindo do Deep Purple, qual era sua visão para o Whitesnake? E como você expandiu isso desde os anos 70?

David Coverdale: “Era um buffet de todos os sons que eu amo. Alguns dos arranjos são sinfônicos porque eu adoro música clássica. Você pode não perceber, mas concertos com três movimentos lembram um típico cenário pop. E eu sempre quis que o Whitesnake fosse como uma orquestra, nunca quis que fosse um ou dois guitarristas, queria um conjunto de pessoas para fazer o bufê de sons que eu queria criar.

Você pode trabalhar com grandes guitarristas. Basta olhar para Jeff Beck, que tocava um blues incrivelmente, mas optou por tornar sua guitarra o meio de sua própria identidade. Jimi Hendrix e Edward Van Halen também fizeram isso com a guitarra. Então, eu sempre busquei sons diferentes, e todos que fizeram parte do Whitesnake tiveram sua própria identidade e adicionaram isso ao grupo”.

Metal Edge: Quando as pessoas pensam no som do Whitesnake, muitas vezes se lembram do disco autointitulado de 1987. Você sente que esse disco te define?

Coverdale: “Nunca tive problemas com identidade. Quando esse álbum saiu, muitos críticos britânicos disseram: ‘Whitesnake se tornou americano’. Eu odiava ver o Whitesnake comparado a outras bandas. Essas comparações não fazem sentido para mim. Não importa o que seja , tudo o que faço é sangue, suor, lágrimas, paixão e sexo. Esses são os elementos sobre os quais o Whitesnake é construído”.

Metal Edge: Então, o que te define?

Coverdale: “A minha voz! Boom, é isso. E a verdade é que consegui encontrar minha voz com o Whitesnake de maneiras que nunca pude com o Deep Purple. Claro, aprendi muito através dos três álbuns que gravei com o Deep Purple e recebi uma educação incrível do professor Ritchie Blackmore e do professor John Lord. Mas eu não poderia fazer tudo o que amava e queria fazer”.

E por falar em Whitesnake, o grupo lançou o box Still Good To Be Bad, que é em comemoração aos 15 anos do álbum Good To Be Bad.

O décimo álbum de estúdio da banda e o primeiro em mais de uma década, Good To Be Bad marcou o retorno do Whitesnake em 2008, alcançando o Top 10 no Reino Unido.

Still Good To Be Bad está disponível nos formatos 4CD/Blu-ray (com duas novas versões do álbum original, gravações raras e inéditas de estúdio e ao vivo da época), LP duplo, CD duplo e CD simples.

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