Floor Jansen, vocalista do Nightwish, revelou em uma nova entrevista à revista Metal Hammer, os 10 álbuns que mudaram sua vida. A cantora está atualmente divulgando seu recém-lançado álbum solo, intitulado Paragon.
Confira a lista abaixo:
Eurythmics – Touch (1983)
Jansen: “Crescendo, meus pais costumavam ouvir Here Comes The Rain Again do Eurythmics, então foi assim que conheci a banda. Claro, Annie Lennox tem uma voz muito distinta e essa foi uma das primeiras coisas que realmente comecei a cantar junto, então, nesse sentido, faz parte do meu próprio desenvolvimento musical”.
Alanis Morissette – Jagged Little Pill (1995)
Jansen: “Assim como Annie Lennox, Alanis Morissette moldou meu interesse em cantar. Eu tinha cerca de treze anos quando ouvi You Oughta Know pela primeira vez. Ela emociona ao cantar e sempre coloca o coração no que ela faz; é muito direto ao ponto”.
Roxette – It Must Have Been Love (single, 1990)
Jansen: “It Must Have Been Love do Roxette é uma ótima música para cantar junto. É descomplicada, super sueca, muito bem escrita, muito bem executada e eu já cantei muito! Também foi muito tocada no carro – você teria que perguntar para minha mãe e meu pai como eram essas viagens, minha irmã e eu cantávamos para caramba [risos]!”.
The Gathering – Mandylion (1995)
Jansen: “Ouvi The Gathering pela primeira vez no rádio. Estava ouvindo muito grunge e rock, mas ainda não ouvia muito metal; isso veio com Pantera e Machine Head, bandas que eu gostava muito, mas nada com uma voz feminina que realmente funcionasse para mim. Havia algumas cantoras, mas todas eram altas e operísticas, e eu sentia falta desse poder – até ouvir The Gathering. Strange Machines acabou de fazer isso por mim. Esse foi o primeiro passo para eu pensar, eu quero cantar em uma banda de metal também! Anneke [van Giersbergen] está abrindo alguns de meus shows solo este ano”.
Skunk Anansie – Paranoid And Sunburnt (1995)
Jansen: “Quando Weak do Skunk Anansie foi lançado, tudo sobre eles era revolucionário. A pele era negra, careca e gay, muitas coisas com as quais as pessoas têm problemas, mas a maneira como ela lutou contra isso – ‘Eu sou do jeito que sou e se você não gosta, ruim para você’- isso foi tão inspirador para uma jovem crescendo. Mas o que ela fazia com a voz, aqueles longos gritos e os agudos sem esforço, era o que eu mais gostava. Antigamente eu ouvia muito o álbum Paranoid & Sunburnt”.
Halestorm – The Strange Case Of… (2012)
Jansen: “Não sei exatamente como me deparei com I Miss The Misery, mas foi a primeira coisa que ouvi do Halestorm. A primeira coisa que Lzzy Hale faz na música é esse grito, e ela realmente me pegou na primeira nota – isso é raro. Eu fiquei tipo, “ok, caramba!” É muito americano e aquele gancho de “whoa-oh-oh-oh-oh” é bem cafona, mas funciona totalmente! Eu a vi ao vivo e tudo que consigo pensar é: como diabos sua voz sobrevive? Ela grita e geme e tudo o que ela faz é super legal. Lzzy é uma potência, ela se destaca por ser feminina no mundo dos homens e por descrever seus sentimentos direto ao ponto em suas letras”.
Evergrey – A Heartless Portrait (The Orphean Testament) (2022)
Jansen: “Todos os dias em turnê na Europa com o Nightwish, eu toco Midwinter Calls do Evergrey quando estou me maquiando. Comecei a ouvi-los no início da carreira, quando ainda eram totalmente prog. Mas o que eu realmente aprecio é como cada álbum tem algo diferente, como eles como banda e Tom [Englund] como cantor e compositor continuam evoluindo. Ele tem muitas influências pop na forma como canta, e soul e jazz. O fio condutor desta lista são os cantores – você pode escrever ótimas músicas, mas se o cantor não funcionar para mim, provavelmente não vou ouvir a música toda porque não consigo escutar uma voz que não aprecio”.
Symphony X – Underworld (2015)
Jansen: “Without You do Symphony X é uma música muito emocionante, é um ótimo exemplo do que eu realmente aprecio em Russell Allen, ele consegue ser a cola em uma música progressiva, que de outra forma pode ser incrivelmente complexa, fazendo melodias que são acompanháveis e até cativantes. É por isso que consigo ouvir Symphony X. Ele tem um som encorpado, e sua maior virtude, no que me diz respeito, é que ele canta com o coração”.
Sam Ryder – There’s Nothing But Space, Man! (2022)
Jansen: “Sam Ryder tem uma voz incrível, é bastante diversa: ele pode ir de um quase Queen, para muito pop, algo como Muse. O que me inspira nele é que ele é um self-made man nos dias atuais, cantando na Internet sabe Deus por quanto tempo sem que nada acontecesse para ele até ser jogado no mundo, e aparentemente sendo o mesmo cara o tempo todo, sabe? Espero que ele consiga se manter firme com toda a pressão que está sobre seus ombros agora. Espero que ele sobreviva à essa loucura”.
Queen – Innuendo (1991)
Jansen: “Se você faz uma lista onde os cantores são o fio condutor, não pode ser sem Freddie Mercury. É difícil escolher uma música do Queen, mas The Show Must Go On é uma que já tocamos com After Forever. Falando em cantar com o coração, sua interpretação vocal ainda é uma das melhores que já existiu. Isso não é algo que você pode aprender, é apenas algo que você tem – algo que ele tinha. Essa música significa seguir em frente mesmo quando as coisas estão uma merda, e essa frase muitas vezes passa pela minha cabeça quando penso que não sei se posso fazer isso: o show deve continuar. É empoderador. É tão bonito. É uma montanha-russa emocional, como uma música deve ser. Essa é a beleza da escrita. Se eu não tivesse a lista que acabei de apresentar para me inspirar, onde eu estaria? Sou muito grata por tantos que vieram antes de mim”.