Falsos gurus: 5 álbuns de rock e metal que críticos odiaram mas se tornaram clássicos

Ninguém tem bola de cristal, então prever o futuro ainda é um desafio para humanidade. No entanto, há determinados acontecimentos, ideias, empreendimentos e produtos que oferecem todas as pistas, sinais e indicações que serão um sucesso – ou que pelo menos darão muito o que falar – e fechar os olhos a tais vislumbres é no mínimo inconsequente, e mostra uma presunção aliada a boas doses de tolice.

Os críticos musicais, por exemplo, são profissionais que, vez ou outra, adoram brincar de Deus do rock e metal e selar o futuro de álbuns e bandas. Bem, em muitas vezes, falham miseravelmente e o objeto de sua análise negativa se torna, aos olhos do público, um verdadeiro tesouro em forma de música.

A seguir, vamos rememorar cinco álbuns que foram recebidos com descrença e ódio pelos críticos, mas se tornaram clássicos da música pesada.

Black Sabbath – Black Sabbath

Tudo que é novo traz um certo desconforto ao status quo vigente! Agora, imagina quando a novidade do momento fora o heavy metal, que até hoje lida com a ojeriza de grande parte da sociedade.

Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria) tiveram que ouvir impropérios de gente como Lester Bangs, famoso crítico da Rolling Stone e Creem, que classificou o disco de estreia do Sabbath como “um som feito por gente não qualificada”. Bangs, você não poderia estar mais enganado!

Ozzy Osbourne – Blizzard of Ozz

Falido financeiramente, moralmente e com a saúde aos trancos e barrancos, Ozzy, na visão do mercado fonográfico, era um problema sem solução. Era questão de tempo para que o cantor fosse encontrado morto num quarto de hotel.

Além disso, a maioria dos músicos já estabilizados no mercado não queriam se relacionar profissionalmente com o Madman. No entanto, a atual esposa de Osbourne, Sharon, conseguiu fazer o cantor ressurgir das cinzas com o impecável Blizzard of Ozz. No primeiro momento, alguns jornalistas relutaram e tentaram taxar o disco como mediano. Contudo, as músicas trataram de enterrar a sete palmos do chão quaisquer reprovações.

Led Zeppelin – Led Zeppelin

O Led Zeppelin, que compõe, ao lado do Black Sabbath e Deep Purple, a santíssima trindade do som pesado britânico, ouviu ladainha da revista Rolling Stone quando lançou seu primeiro registro de estúdio, em 1969.

Falas como: “Músicas fracas” e “canções sem imaginação”, foram destinadas ao disco e que se defendeu com clássicos como Communication Breakdown, Good Times Bad Times, You Shook Me, Babe I’m Gonna Leave You e Your Time Is Gonna Come. Ou seja, as músicas foram os melhores advogados de defesa do incrível disco.

The Beatles – Abbey Road

Abbey Road, que é o décimo segundo álbum de estúdio do Fab Four, foi qualificado como “tedioso e desastroso” pela revista Rolling Stone. O editorial foi além e taxou o trabalho como o pior registro dos Beatles e um “lixo musical”. Os fãs do grupo, de certo, têm uma opinião diferente, já que glorificam o disco até os dias de hoje – e com razão.

KISS – Destroyer

Nem os clássicos Detroit Rock City, Do You Love Me, God Of Thunder e Beth fizeram a The Village Voice pegar leve com o poderoso Destroyer. Adjetivado como melodramático e o disco menos interessante do quarteto, Destroyer padeceu na mão dos críticos.

A Rolling Stone também bateu um bocado no disco e falou que o trabalho “carece daquele lampejo de loucura criativa que poderia ter tornado sua música interessante, ou pelo menos audível”. O tempo, no entanto, tratou de silenciar as vozes ferinas dos críticos.

7 comentários em “Falsos gurus: 5 álbuns de rock e metal que críticos odiaram mas se tornaram clássicos”

  1. Fico indignado pelo fato de que alguém leve em consideração o que uma outra pessoa fala ou acha, já que temos gostos variados. Críticos são pra mim, pessoas frustadas musicalmente falando, e muito me admiro de que tenha Ibope.

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