Alguns fãs seguem confusos com relação à aposentadoria do Kiss. A banda anunciou turnê de despedida, End of the Road, ainda em 2018, com início em 2019. Porém, foram obrigados a dar um intervalo de mais de um ano em função da pandemia.
A partir de 2021 (quando a excursão acabaria originalmente), eles retomaram a agenda e chegaram a passar no Brasil no ano seguinte, após sucessivos adiamentos. Seriam os últimos shows no país, mas o grupo retornará em 2023 para mais uma sequência de apresentações.
Em entrevistas anteriores, os músicos deixaram claro que estenderam seus planos com a turnê final não apenas por conta da pandemia que os tirou da estrada por mais de um ano, mas em função do interesse do público e dos promotores de eventos em marcar mais datas. Ainda assim, eles vão parar – e já se sabe que isso acontecerá em 2023.
A informação foi revelada pelo empresário do grupo, Doc McGhee, em entrevista ao podcast Rock City transcrita pelo Blabbermouth. E não vai demorar até que os compromissos finais da banda sejam explicados aos fãs.
“Faremos um anúncio provavelmente nos próximos dias. Uma coisa sobre o Kiss é que sempre fomos aquela banda que vai a lugares onde a maioria das bandas não vai. Então tocamos na cidade de todo mundo. É só você citar o nome de uma cidade e te diremos que tocamos lá,” afirmou.
“Então, sempre vamos onde as pessoas estão. A razão pela qual continuamos fazendo esta última etapa da turnê é porque obviamente a pandemia nos impediu de terminar. E o fato de que as pessoas queriam nos ver. Mas tínhamos que terminar em algum momento – e será este ano”.
KISS continua com outros integrantes?
Ao longo dos anos, os líderes do Kiss, Paul Stanley (voz e guitarra) e Gene Simmons (voz e baixo), deram várias declarações à imprensa onde davam a entender que a banda poderia continuar com outros integrantes depois que eles se aposentassem. O grupo seria transformado em uma espécie de “franquia” neste caso.
Doc McGhee foi perguntado sobre essa possibilidade em entrevista. O empresário, é claro, preferiu não descartar nada, mas garantiu que o legado continuará a ser explorado nos anos seguintes.
“Fala-se muito sobre tudo. E ninguém sabe o que vai acontecer no futuro. Então, o que colocamos em nossas mentes foi: vamos passar por isso como se fosse o fim do Kiss como o conhecemos. E o que quer que surja em nosso caminho, com tecnologia e tudo mais, vamos olhar para isso. Será Gene e Paul lá fora usando maquiagem? Não, posso garantir isso. Eles estarão pendurando as chuteiras depois do show [final], o que vai ser muito difícil e emocionante para eles depois de 50 anos fazendo isso”.
O manager ainda destacou como Stanley e Simmons adoram trabalhar com Kiss, o que nem sempre ele viu em outras bandas que gerenciou: “A maioria das minhas bandas diz: ‘Odeio isso, não quero mais sair por aí, não quero fazer isso, é bobagem continuar’. Paul e Gene não são assim. Eles adoram. Eles prosperam com isso. A gente se diverte muito na estrada. É mais como: ‘Por que estamos terminando?’ Mas é porque é a hora de terminar.”
“É isso: 50 anos de Kiss. E agora eles vão para a próxima fase do que quiserem fazer, seja Gene Simmons nos negócios, tendo um país com o nome dele, Gene Simmons World, sei lá, não sabemos. Paul tem quatro filhos, três em casa. […] Mas para mim, Kiss é como a Marvel. Há todos os tipos de coisas que podem acontecer com Kiss – e provavelmente acontecerão. Portanto, é uma nova fronteira começando em 2024”.
Kiss no Brasil em 2023
Kiss vem ao Brasil em abril para uma série de shows. Confira abaixo o itinerário:
– 15 de abril: Arena da Amazônia, Manaus (com Scorpions e Sepultura);
– 18 de abril: Arena BRB Mané Garrincha, Brasília (com Deep Purple);
– 20 de abril: Esplanada do Mineirão, Belo Horizonte;
– 22 de abril: Allianz Parque, São Paulo (festival Monsters of Rock, com Scorpions, Deep Purple, Helloween, Saxon, Doro e Symphony X);
– 25 de abril: Hard Lock Live, Florianópolis.
Fonte: Rolling Stone Brasil