RockBizz: Os 7 maiores vocalistas do heavy metal

Ter um vocalista com um timbre de voz ímpar, técnica, versatilidade nas performances, boa extensão vocal, carismático e com um generoso poder de interpretação é uma mão na roda para uma banda que quer desbravar o universo do heavy metal. Claro que há outros ingredientes que pesam na equação e ajudam um bocado para o sucesso de um frontman como um visual bacana, contatos imediatos e de terceiro grau com executivos da indústria fonográfica e muita, muita cifra, de preferências as verdinhas.

Vamos, no entanto, nos ater somente aos primeiros atributos citados, pois a história do estilo está aí para provar e comprovar que tais ingredientes são imprescindíveis e desequilibram o jogo a favor das bandas. Na lista abaixo, você pode conferir os 7 maiores vocalista do heavy metal, músicos que deixaram suas indeléveis marcas no estilo.

Ozzy Osbourne

A voz anasalada do Príncipe das Trevas é uma das mais fáceis de se identificar. Já tentaram copiar e emular o timbre do Madman, vide a tentativa de Andy Alkman, do Hellfueled, mas soa como um pastiche deslavado.

Ozzy pode não ter muita técnica, já que nunca estudou canto e sempre aprendeu tudo na base da raça e na pegada da tentativa e erro. Todavia, na primeira nota, o ouvinte já sabe que é o comedor de morcego. Se não fosse o bastante, o cara ajudou erguer a base do heavy metal. Clássicos como Symptom of the Universe, Sabbath Bloody Sabbath, National Acrobat e Changes mostram bem o poderio vocal de Ozzy.

Ronnie James Dio

O que faltava de altura em Ronnie, sobrava em talento. Sim, é uma frase datada e chula, mas recai como uma luva quando se trata do pequeno gigante Dio. O cantor foi um dos responsáveis por aumentar o sarrafo em relação à performance, técnica e representação na complexa arte de cantar.

Seja no Rainbow, Black Sabbath ou na carreira solo, Ronnie nunca se acomodou e sempre apresentava novos recursos vocais. Raro caso de um veterano que mantinha a energia de um iniciante. Vide Falling Off the Edge of the World e Children of the Sea, do Sabbath, e Rainbow in the Dark e Holy Diver, da banda Dio.

Rob Halford

Metal God! A alcunha de Halford é perfeita ao seu papel no universo heavy metal. O músico fora umas das personas que ajudou edificar o citado estilo musical e trouxe boas doses de potência, força e vigor. Em uma comparação simplista, Rob é como o imponente Motor V8 351C 5.8L., ou seja, encorpado, intimidador e pronto para abalar os ouvidos dos mais sensíveis. Painkiller e A Touch Of Evil vão fazer sua vizinhança pensar que o apocalipse já começou.

Bruce Dickinson

“O Homem das Mil Faces”, o título do filme estrelado pelo astro norte-americano Lon Chaney, em 1957, marca uma simetria incrível com a personalidade e performance vocal do Air-Raid Siren. Quer mais? Ok! Pois recursos técnicos como vibrato e drive estão sob domínio de Bruce, fato facilmente comprovado em sons como Hallowed Be Thy Name, Be Quick or Be Dead e Flight of Icarus.

Michael Kiske

Kiske é da geração seguinte a Dickinson, então, é claro que há uma ação direta do estilo de Bruce na forma que Michael construiu seu DNA musical. No entanto, o músico alemão não se acomodou ao Ctrl+C e Ctrl+V, e se percebe um timbre mais limpo, sem tantos drives, e uma tessitura vocal impressionante, pois consegue executar de forma confortável frases complexas num tom altíssimo. É o sonho de muitos e realização de poucos. Ouça – e fique rouco e sem fôlego se tentar cantar junto – sons como We Got the Right, Eagle Fly Free e March of Time.

Geoff Tate

Tate é a “tempestade perfeita”! O alcance vocal do músico é quase como uma tecnologia alienígena, pois beira o impossível a um ser humano ordinário. Sem contar a capacidade de interpretação e imersão dramática que o cantor impõe em sua performance. Quer sentir o poder vocal de Geoff, curta na íntegra a obra prima Operation: Mindcrime, do Queensrÿche.

Andre Matos

O saudoso Andre foi – e sempre será – o maior vocalista brasileiro na seara do metal. Assim como Tate e Kiske, Matos apostava em tons altos e limpos, no entanto, tinha na manga recursos como dinâmica e equilíbrio, sabendo empregar na medida e hora certa características como potência e singeleza. A versatilidade de Andre o gabaritava a atuar com louvor em sons como Stand Away (Angra); Wuthering Heights, cover de Kate Bush, e Streets of Babylon e Fiction, do Virgo.

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