Steve Perry, ex-vocalista do Journey, criticou a tecnologia de correção vocal e instrumental, Auto-Tune, dizendo que são as imperfeições da voz humana que tornam a música atraente.
Criado em 1997 pelo músico e cientista geofísico Dr. Andy Hildebrand, o Auto-Tune é um software que corrige o tom digitalmente, permitindo que cantores desafinados produzam faixas vocais perfeitamente afinadas.
Em uma nova entrevista com Kyle Meredith, Perry afirmou que o tom perfeito é quase impossível de alcançar, e que são as falhas e imperfeições naturais que tornam uma voz especial e comovente.
“O Auto-Tune transformou todo mundo no mesmo cantor, o que eu acho trágico”, ele disse. “Um músico brilhante me disse há muito tempo, que quando você ouve alguém tão bonito quanto uma [Barbra] Streisand, seu coração apenas diz: ‘Não acredito que ela pode fazer isso. Como ela está fazendo isso?’ E então você ouve Muddy Waters e tem o mesmo toque emocional. Bem, são duas direções vocais totalmente diferentes, dois timbres vocais totalmente diferentes, estilos diferentes. Um é angelical e bonito e o outro tem algum esforço, e é esse esforço e imperfeição que te atrai também. Existe essa coisa humana.”
“Cantar é a coisa mais primitiva – é realmente uma forma muito primitiva de comunicação”, acrescentou Perry. “E, obviamente, vai permanecer por um tempo. É por isso que não estou feliz que as pessoas estejam usando o Auto-Tune e apagando tudo isso que acabamos de falar.”
Confira a entrevista completa abaixo: