John Lennon ficou conhecido como um símbolo da cultura “paz e amor” e foi responsável por lançar música “Imagine,” usada até hoje para enviar uma mensagem de união. Contudo, o filho do ex-Beatles, Julian, achava o pai “hipócrita.”
Em uma entrevista de 1998, do The Telegraph, Julian criticou o pai pela maneira como ele lidou com a separação com a própria mãe, Cynthia. “Devo dizer que, do meu ponto de vista, senti que ele era um hipócrita”.
Julian continuou: “Papai podia falar sobre paz e amor em voz alta para o mundo, mas ele nunca mostrou isso para as pessoas que supostamente significavam mais para ele: a esposa e filho […] Como você pode falar sobre paz e amor e ter uma família em pedaços – sem comunicação, com adultério, divórcio?”
Popularmente, acredita-se que John Lennon finalmente estava começando a se reaproximar do filho Julian quando foi morto a tiros em 1980. Porém, Julian apresentou uma versão diferente da situação.
O filho de Lennon lembrou que “ainda estava muito distante [do pai]” quando ele morreu. “Eu provavelmente o conhecia tanto quanto te conheço”, disse ele ao entrevistador. “De vez em quando havia abraços, mas sempre havia uma tensão desconfortável.”
John e Cynthia Lennon
Em 1962, John Lennon se casou com Cynthia Lennon. Com a esposa, tiveram Julian um ano depois terem celebrado a união. No entanto, o relacionamento desmoronou nos primeiros anos de sucesso dos Beatles.
A situação piorou quando quatro anos depois, John conheceu a artista de vanguarda, Yoko Ono, e os dois começaram a se envolver.
Cynthia e John se separaram oficialmente em 1968, quando ela voltou de férias com Julian para encontrar o astro dos Beatles na casa de Ono em Nova York. Nessa época, a relação entre John e o filho era bem distante. Em 1973, Julian começou a visitar o pai regularmente e John incentivou o interesse do filho pela música.
Fonte: Rolling Stone Brasil