Roger Daltrey leva o colapso dos negócios da música da velha guarda para o lado pessoal. Quando The Who se reuniu em meados dos anos 1990 após um breve ano sabático, Daltrey prometeu ao médico dele como a banda ajudaria a aumentar a conscientização (e dinheiro) para a luta contra o câncer em adolescentes, algo difícil de fazer na era digital.
“Após The Who voltar, fizemos alguns shows e demos todo o dinheiro do disco ao vivo para a caridade,” disse Daltrey. “Havia um mercado de discos e também um mercado de DVD, então demos muito dinheiro com isso. Costumava haver uma indústria musical. Não era propriedade de nenhuma organização fraudulenta responsável por pagar migalhas aos músicos.”
Daltrey enfrentou dois desafios no início da pandemia de coronavírus: 1) The Who foi forçado a cancelar o restante dos shows de 2020. 2) O que significa como a banda foi incapaz de levantar o dinheiro, o qual pretendia destinar para Teen Cancer America — fundação inicia da por Daltrey e Pete Townshend em 2012, com intuito de ajudar pacientes adolescentes com câncer por meio da construção de unidades de câncer em hospitais — e Teen Cancer Trust no Reino Unido.
Implacável, no entanto, a banda encontrou uma nova maneira de retribuir: The Real Me, podcast apresentado por Daltrey com músicas escritas e interpretadas por adolescentes com câncer. Estreia em 5 de outubro de 2021 em todas as plataformas. (A música do The Who de mesmo nome também foi licenciada como música-tema)
E, como Daltrey contou à Rolling Stone, The Who planeja o retorno dos shows ao vivo em 2022, o que incluirá diversos benefícios para compensar o financiamento perdido.
Fonte: Rolling Stone Brasil