Em entrevista recente à revista britânica Classic Rock, o ex-vocalista do Iron Maiden, Paul Di’Anno, refletiu sobre a sua passagem pelo grupo e afirmou que não culpa a banda por ter se livrado dele, além disso, revelou não fazer ideia do que estava fazendo quando o baixista Steve Harris e o resto do grupo começaram a trabalhar no primeiro álbum com o produtor Will Malone, em janeiro de 1980.
“Nós sabíamos que o que tínhamos era único comparado às outras bandas da época. Nós tínhamos passado os últimos anos tocando em todos os buracos do Reino Unido e também algumas lugares decentes. A única pessoa que tinha dúvidas era eu, além disso, eu era um vocalista muito metido, falava muito e fazia pouco”, pontuou o vocalista.
“O que eu sei é que todas as músicas naquele primeiro álbum são boas demais. É uma pena que a produção seja uma merda”, completou.
“Na época do Killers [segundo álbum, lançado em 1981], a banda estava ficando um pouco mais técnica e perdendo um pouco da pegada, na minha opinião”, disse Di’Anno.
“Não achava as músicas com o mesmo ataque, então comecei a perder o interesse, com isso imaginei que poderia estar decepcionando as pessoas ao expressar minhas dúvidas, então, não disse nada. Desse modo, tudo se acumulou, chegando ao ponto em que comecei a criticar Steve da maneira errada”, acrescentou.
“Eu não os culpo por terem se livrado de mim. A banda era o filho do Steve. No entanto, eu gostaria de ter contribuído mais. Depois de um tempo, isso me colocou para baixo. No final, eu não poderia dar mais cem por cento ao Maiden, o que não era justo para a banda, os fãs ou para mim mesmo”, concluiu Paul.
Vale lembrar que Paul Di’Anno tem uma carreira extensa e com inúmeros registros de estúdio como Iron Maiden (1980), Killers (1981), Di’Anno (1984), Fighting Back (1986), Feel My Pain (1998), Nomad (2000), entre outros.