O guitarrista do Iron Maiden, Adrian Smith, bateu um papo um longo papo com o jornalista Derek Scancarelli, da revista Forbes, onde comentou, dentre tantos assuntos, sobre sua reação ao diagnóstico de câncer do vocalista Bruce Dickinson e o seu sentimento ao saber que o amigo estava, depois de uma longa batalha contra a doença, curado.
Forbes: O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, sobreviveu, recentemente, a uma batalha contra o câncer na garganta, anunciando que estava livre da doença em 2015. Quando você soube do diagnóstico dele, ficou assustador? Você achou que isso poderia significar o fim do Iron Maiden?
Adrian Smith: “Nada pode te preparar para algo assim. Foi uma época bem obscura. Acredito que meu primeiro pensamento foi que ele [Bruce Dickinson] provavelmente venceria porque ele é esse tipo de pessoa.
Nós descobrimos que o câncer era tratável e estava em um estágio relativamente inicial. Embora eu ache que ele já tinha quando estávamos fazendo o álbum The Final Frontier (2010). Eu estava lá quando ele estava gravando os vocais. Eu podia ouvir em sua voz, às vezes, que ele não parecia muito bem. Mas descobrimos que era tratável. Tentamos dar um pouco de apoio, mas sério, o que você pode fazer? Ele teve que passar por isso.
Ele conseguiu, ele venceu. Foi incrível. Ele tem uma grande força de caráter. Ele nunca é negativo sobre nada. Ele é sempre uma pessoa muito positiva. Ele é o seguinte tipo de pessoa: ‘Se eu colocar na minha cabeça, eu posso fazer qualquer coisa’. E ele geralmente faz.
Mas não sabíamos sobre a banda. Quem sabe dessas coisas? Mas eu pensei que ele provavelmente se recuperaria e graças a Deus que ele se recuperou”.
Você descreveu o primeiro show da turnê The Book of Souls em 2016, quando viu Bruce subir ao palco pela primeira vez após superar o câncer e se lembrou de como ficou emocionado. Qual foi a sensação daquele momento?
Adrian: “Eu não esperava por aquilo. Tem uma ótima introdução do show e a maneira como ele canta a introdução da música If Eternity Should Fail. Quando ele fez aquilo ao vivo, pela primeira vez, eu estava realmente em lágrimas. Eu estava completamente emocionado. Eu não sei de onde veio aquilo. Mas lá estava ele. Isso não aconteceu de novo. Só aconteceu uma vez.
Para ser bem honesto com você, tive a mesma reação quando vi o Maiden depois que saí e fui para Donnington (1992). Eu estava de pé ao lado do palco, Steve [Harris, baixo] disse: ‘Venha nos ver e toque com a gente’. Mas enquanto eu os assistia, a mesma coisa aconteceu. Na verdade, eu fui dominado pela emoção. Bebi alguns uísques, aí subi no palco e deu tudo certo”.
A entrevista completa (em inglês) pode ser conferida aqui.