O guitarrista do Iron Maiden, Adrian Smith, concedeu uma nova entrevista à revista britânica Metal Hammer, onde comentou, dentre tantos assuntos, sobre sua biografia Monsters Of River And Rock: My Life As Iron Maiden’s Compulsive Angler, depressão e o seu gosto pela banda sueca Ghost.
Sobre o livro: “Me chamaram para fazer isso, dizendo que eu sou um pescador experiente e tenho muitas histórias, com isso, marcaram uma reunião com os editores. Mas eu realmente gosto de escrever e tudo foi feito ao longo de um ano e meio. O livro foi grande parte escrito na estrada. Foi um grande projeto: mergulhar no meu passado, nas minhas experiências de pesca e nas coisas que aconteceram com a banda”.
A depressão me atingiu em cheio: “Não existem muitos livros sobre pesca que tratam da depressão, então me senti um pouco estranho ao incluir isso. Mas somos todos humanos e muito disso se resume em como você lida com o estresse.
Não quero parecer tipo um coitado, mas a depressão foi uma característica dos anos 80 para mim. O último show que fiz antes de entrar para o Iron Maiden foi em um pub, em Londres. Lembro de entrar no ônibus com meu pedal wah-wah em uma sacola Tesco. Então, o próximo show foi enorme com o Iron Maiden. Grande salto.
A primeira turnê com o Iron Maiden, eu consegui lidar muito bem, com muita bravura. No entanto, a depressão começou a me atingir um pouco. As pessoas pagam uma grana para nos ver e há muitos músicos excelentes por aí, o que significa que tudo é muito competitivo.
Isso me dominou algumas vezes e quando chegamos à América, as coisas realmente começaram a mudar com as drogas e a bebida, que eram usadas como muleta. Mas é preciso lidar com essas coisas e saber disso agora significa que não tenho os mesmos problemas. É tudo parte do processo de crescimento”.
A gente nunca sabe quem vai estourar: “Anos atrás nós tivemos o Saxon com a gente, mas eu nunca consegui entender o porquê deles serem tão bons e não serem grandes. O Ghost é uma banda muito interessante e diferente. Já abriram para nós e trabalharam duro para chegar onde estão. Definitivamente possuem algo especial”.
A entrevista completa (em inglês) pode ser conferida aqui.