Judas Priest: 10 Coisas Insanas Que Aprendemos Na Biografia De Rob Halford

O impacto que Rob Halford e o Judas Priest tiveram no heavy metal é inquestionável. As roupas de couro preto viraram marca registrada do gênero, os vocais perfeitos e aveludados acrescentaram um pouco de drama, e a audácia de andar de moto no palco deu ao artista e aos fãs um toque de energia.

Quando Halford falou abertamente sobre a própria sexualidade em 1998, o título de “Deus do Metal” se ampliou para todos os metaleiros que buscavam ter aceitação sexual por serem homossexuais.

Agora, o cantor reconta os altos e baixos da história da própria vida no livro de memórias recém-lançado, Confess. Na obra, ele se lembra das ocasiões que cantou hinos como “Breaking the Law” e “Living After Midnight” para milhares de “maníacos do metal”, apenas para lugar nos bastidores contra o verdadeiro “eu” ao esconder a sexualidade.

Enquanto ele conta a história de Judas Priest — que causou um impacto notável na lista dos 100 melhores álbuns de metal da Rolling Stone EUA, alcançando o terceiro lugar com a British Steel — ele tece inúmeras histórias engraçados, comoventes e interessantes sobre os obstáculos ele encontrou e as muitas pessoas famosas que conheceu ao longo do caminho. Ao pensar nisso, a Rolling Stone EUA elencou as 10 coisas que aprendemos com a biografia do cantor. Veja abaixo:

1. Halford sente que atingiu o próprio auge do ritmo lírico em Sin After Sin.

Embora Judas Priest já tivesse lançado dois álbuns na época de Sin After Sin (1977) — incluindo Sad Wings of Destiny de 1976, com o vocal de Halford em “Victim of Changes” — o cantor pensou que poderia ter feito melhor. Então, para Sin, ele consultou o Thesaurus de Roget e estabeleceu muitos dos temas líricos que definiriam a música de Priest. “Fiquei satisfeito com minhas letras de Sin After Sin. Aprimorei o meu estilo natural de lidar com traumas psicológicos e filosóficos, contos apocalípticos de deuses, demônios e guerreiros lutando em batalhas épicas, nas quais o ‘metal sempre vence o mal'”.

2. Em “Raw Deal”,ele assumiu a própria sexualidade, mas apenas um fã percebeu.

“Achei que era completamente aberto e óbvio, uma declaração da minha necessidade sexual de ter ‘corpos pesados se esquivando e ansiosos por alguma ação”, escreveu ele. Mas ninguém percebeu até 1981, quando um fã pediu a ele para assinar uma cópia de Sin After Sin e perguntou: “Essa música, ‘Raw Deal’, neste álbum, é sobre gays?”.

3. Rob Halford abraçou o visual ‘roupas de couro pretas’ de Judas Priest, mesmo que isso não fosse o que ele queria representar.

Embora o visual se encaixasse também na cultura LGBTQ+ , o couro não era a “vibe” dele. “Eu não tinha interesse em S&M, dominação ou o couro e correntes”, escreveu. “Minha preferência sexual era por homens, claro, mas eu era – e ainda sou – um doce”.

4. Ele fez coisas no palco nos anos 1970 que ninguém ousaria tentar.

Além de estourar um chicote no palco (inspirado pelo empresário a vender a mercadoria “I’ve Been Whipped by Rob Halford”), ele disparou uma metralhadora cheia de setas na plateia durante “Genocide”.

5. Ele adorava a companhia de Gene Simmons, mas não porque era fã do Kiss.

Quando o Kiss solicitou especialmente que Judas Priest abrisse o show deles no final dos anos 70, Halford não conseguia tirar os olhos da namorada de Gene Simmons. “Fiquei emocionado com o fato de Gene estar namorando Cher, que é muito importante para os gays”, lembrou. “Eu ficava inventando desculpas esfarrapadas para ficar perto dela apenas para poder dizer ‘Oi!’

6. Ele já algemou Andy Warhol.

Em uma festa no Mudd Club de Nova York no final dos anos 1970, Halford notou um “cara pequeno e mais velho com cabelo branco oxigenado” tirando fotos dele. Ele rapidamente reconheceu Warhol e disse ‘oi’. A conversa fiada não levou a lugar nenhum – Warhol apenas disse, “Oh, é mesmo”, para tudo que Halford disse – então o cantor removeu as algemas que ele tinha pendurado no cinto, se algemou com Warhol e disse ao artista que havia perdido a chave. “Sério?” Warhol disse. Ele riu, abriu as algemas e eles foram para o Studio 54, onde Warhol desapareceu na multidão.

7. John Lennon e Yoko Ono tinham assentos sanitários personalizados para namorados.

Judas Priest fez o disco inovador, British Steel, na antiga propriedade do Beatle em Tittenhurst Park. Naquela época, Ringo Starr era o dono do lugar, mas ele ainda estava cheio de relíquias de Lennon, incluindo dois banheiros lado a lado com placas que diziam “John” e “Yoko”. “Tentei imaginá-los sentados lado a lado, de mãos dadas, fazendo cocô”, escreveu Halford. “Na verdade, às vezes o amor não conhece limites”.

8. Halford deu em cima do vocalista do Iron Maiden.

Quando o Iron Maiden abriu o show para o Priest em 1980, Halford ficou bêbado com o cantor Paul Di’Anno uma noite e com a confiança conquistada pelo álcool: “Eu tentei seduzi-lo!”, conta Halford. “Fomos para o meu quarto continuar a beber, mas eu estava muito irritado para tentar qualquer coisa, e ele estava muito irritado para saber o que eu queria experimentar. Acho que foi definitivamente o melhor”.

9. Halford ficou irritado com Freddie Mercury.

Quando Halford avistou o cantor do Queen, que ele considera um herói, em um bar gay em Mykonos no verão de 1980, ele não estava tão animado quanto pensava que estaria. O músico tinha acabado de lançar “Crazy Little Thing Called Love”, inspirado em Elvis, e no vídeo, Mercury dirigia uma moto e se vestia de couro preto. “Ele estava me imitando?” Halford se perguntou. Além disso, o vocalista do Priest ficou irritado ao ler uma entrevista com Mercury, onde disse que não gostava de heavy metal. “Parece absurdo agora… Mas essas coisas estavam em minha mente quando o encontrou, escreveu Halford.

10. Halford tem uma teoria sobre por que tantos de seus relacionamentos não deram certo.

Muito de Confess narra o anseio do cantor por amor nos bastidores, o que foi difícil, já que ele teve que permanecer “hétero” durante a maior parte da carreira da banda. Ele teve alguns relacionamentos com homens, mas muitas vezes ficava desapontado ao descobrir que às vezes eles o traíam com as mulheres. Ele finalmente percebeu que muitos dos homens com quem estava eram heterossexuais. “Tenho certeza de que as pessoas que leem Confess vão pensar: ‘Oh, ele era bissexual!’”, escreveu Halford ao trazer Brad em questão. “Mas meu instinto me diz que Brad era um cara hétero que abriu uma exceção para mim”.

Fonte: Rolling Stone Brasil

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