O álbum St. Anger (2003), do Metallica, recebeu muitas críticas pelo som da bateria. A crítica da Rolling Stone EUA sobre o sucessor de Reload (1997) definiu o som como algo “cru (…), como se os membros da banda estivessem focados apenas em tocar de uma faixa para outra e não na mesa de mixagem, ocupados demais para perceber que a tarola faz um ‘ping’ irritante ao invés de estalar”. Apesar disso, Lars Ulrich defende a sonoridade no projeto.
Em entrevista à SiriusXM (via Consequence of Sound), o baterista comentou o som polêmico. “Me mantenho completamente firme porque, naquele momento, essa era a verdade”, posicionou-se Ulrich. “Escuto o álbum, é como um esmurrar e tem muita energia bruta e incrível”.
Sobre a decisão de manter o som daquela maneira, Ulrich explicou que foi uma decisão “super impulsiva” enquanto James Hetfield gravava um riff. “Corri e disse: ‘preciso colocar uma batida de fundo’. Fui até a sala de gravação, sentei e toquei algumas batidas em cima do riff para não perder a energia do momento, e esqueci de plugar a caixa [da bateria]”, contou. “Então deixei assim no resto das sessões”.
A reação da banda, segundo Ulrich, foi positiva. “Foi tipo: ‘sim, isso é legal, é diferente. Vai deixar algumas pessoas p**as’”, continuou. “Então se tornou esse debate enorme. Muitas vezes, estamos conversando e dizemos, ‘C**ete, não esperávamos isso!’ porque se tornou um problema”.
Fonte: Rolling Stone Brasil