Whitesnake: “Eu Já Usava Dois Bumbos Muito Antes De Virar Moda”, Diz Tommy Aldridge

O lendário baterista Tommy Aldridge (Whitesnake, ex-Ozzy Osbourne, ex-Black Oak Arkansas) bateu um longo papo com o canal do YouTube The Sessions Panel, onde fala, dentre tantos assuntos, sobre o seu início no mundo da música, seu desenvolvimento como baterista e o uso de dois bumbos.

“Quando comecei a tocar dois bumbos, foi realmente no início de minha jornada de aprendizado… Peguei outro bumbo – não porque era algo que eu tinha em mente, que eu realmente precisava daquilo, mas foi por conta de um amigo que parou de tocar e eu lhe perguntei: ‘Eu poderia pegar seu bumbo emprestado, apenas para brincar?’. Porque eu vi uma foto do Louis Bellson com dois bumbos e (pensei): ‘Uau! O que você vai fazer com isso?’.

Eu não estava muito familiarizado com o modo de tocar de Louis Bellson, e quando ouvi a respeito, eu não ouvi muito os dois bumbos. Então, quando peguei o outro bumbo, era só para tocar na minha sala de ensaio. Então, eu faria a mesma coisa que eu estava fazendo no bumbo, na caixa, no chimbal e no tom-tom, e estava aplicando os rudimentos – pegando um paradiddle e tocando colcheias e dividindo o paradiddle entre minha mão esquerda e meu pé direito, e depois dividia o paradiddle entre minha mão direita e meu pé esquerdo – apenas como exercícios.

Não foi nada que alguém disse: ‘Oh, você deveria fazer isso’, ou algo assim. Era apenas uma maneira de eu passar um tempo na minha sala de ensaios, ou seja, não foi algo que eu planejei, ou que sou um espertão que pensou: ‘Eu vou fazer isso e ninguém mais fará. Serei o primeiro’. Nunca pensei desta forma. Eu estava apenas brincando com os rudimentos e tentando sair da minha bateria com um padrão ou algo que eu não tinha ouvido em um disco ou ouvido alguém fazer. Esse era o meu objetivo”, explicou Tommy.

“E assim, eu estava tocando dois bumbos antes que se tornasse moda, antes mesmo de aprender o que estava fazendo. Com o passar dos meses – eu ainda era bem jovem -, eu comecei a fazer algumas dessas coisas bobas no ensaio da banda. E o guitarrista disse: ‘Uau! Isso foi muito legal. O que foi isso?’. Eu disse: ‘É só um exercício bobo que eu estava fazendo’. Eles disseram: ‘Tente dentro de uma música’. Então, foram as outras pessoas que entenderam o que eu estava trabalhando – rapazes; garotos com quem eu estava crescendo e aprendendo a tocar junto. E ele (o guitarrista) disse: ‘Devemos tentar isso em uma música’. Ou seja, foram outras pessoas que me encorajaram a fazer isso.

Não parecia haver um contexto musical que fosse aplicável. Aí veio o Led Zeppelin e quando ouvi John Bonham fazendo toda aquela loucura no bumbo, que normalmente não é tocada nessa parte do instrumento – os mesmos padrões, mas não tocados nessa parte do instrumento -, eu disse: ‘Oh, há espaço para tocar coisas novas pesadas no bumbo’.

Quando o ouvi tocar, isso realmente se solidificou em minha maneira de pensar. Eu só estava tentando encontrar maneiras de ser mais pesado, soar mais pesado. A música que eu estava começando a tocar, se inclinava e gravitava, e o que mais me acomodava emocionalmente era a música cada vez mais pesada, então eu estava tentando encontrar uma maneira de tocar a música que estávamos inventando de uma maneira que ela parecesse mais pesada. A necessidade foi a mãe daquela invenção”, completou Aldridge.

A entrevista completa (em inglês) de Tommy Aldridge, você pode conferir no player a seguir.

Já neste player você pode assistir a performance de Tommy no PASIC 2019, tocando Crying in the Rain, do Whitesnake.

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