Black Sabbath: Tony Iommi Diz Que Trabalhar Com Ronnie James Dio, Depois Da Demissão De Ozzy, Foi Animador

O mestre dos riffs, Tony Iommi (Black Sabbath), concedeu uma entrevista ao Planet Rock , e no bate-papo comentou, dentre tantos assuntos, sobre a decisão do Black Sabbath em demitir Ozzy Osbourne e substituí-lo por Ronnie James Dio.

“Acho que o principal problema começou com as drogas. Nós fazíamos muitas turnês. Aí, chegou o momento em que precisávamos fazer outro álbum, e lá fomos nós para Los Angeles para fazer outro disco.

Nós tínhamos uma casa em LA a qual ensaiávamos há uns 11 meses. A gente criou muitos riffs, mas nunca fizemos o necessário para montar as músicas, porque tudo estava desmoronando. Todo mundo estava em seus próprios quartos, e não estávamos produzindo nada.

Foi muito difícil, porque eu fui o primeiro a dizer que o Ozzy tinha que sair. Foi muito difícil, mas tivemos que fazer alguma coisa. Eu que levava as coisas para a gravadora, e eles perguntavam: ‘como estão os ensaios? Como está indo as composições’? Eu dizia: ‘Oh, ótimo’. Mentira. ‘Quando poderemos ouvir alguma coisa’? Eu falava: ‘logo’.

Mas não tínhamos nada. Tínhamos algumas ideias musicais, mas não muitas ideias vocais. Ozzy estava, provavelmente, passando por um momento estranho, com isso, fomos pressionados a dizer: ‘temos que fazer alguma coisa’. O dinheiro estava saindo pela janela.

Estava custando uma fortuna ficar lá [em Los Angeles]. Tivemos que dizer: ‘bem, o que vamos fazer? Nós vamos nos separar ou vamos tentar encontrar outro cantor? Ozzy saiu por um tempo e depois voltou. Mas em Los Angeles foi onde tudo chegou a um ponto crítico e, consequentemente, ao fim “.

“Certamente não teria continuado naquele momento. Estava ficando cada vez pior. Estávamos todos tão desanimados na época. Precisávamos de algo para realmente nos impulsionar. Então, substituímos Ozzy por Dio [Ronnie James]. Ele [Dio], realmente, nos fez começar de novo.

Tivemos alguém que contribuía. Ele cantava nos riffs que tínhamos. Porque é um pouco decepcionante quando você vem com todos esses riffs e nada é feito com eles. Aí, você começa a pensar: ‘o que vamos fazer’?

Quando Ronnie entrou, e eu toquei alguns riffs para ele, ele, imediatamente, começou a cantar. Todos nós morávamos na mesma casa, em Bel Air. A garagem, nós transformamos em estúdio, então nós íamos tocar lá.

Na hora que Ronnie apareceu, tocávamos ao vivo, o que foi ótimo. Ele cantou e foi brilhante. Foi uma abordagem totalmente diferente. Assim que Ronnie se envolveu, a composição mudou, porque eu era capaz de tocar de uma maneira diferente. Ronnie cantava entre as coisas, ele nem sempre cantava nos riffs, ele cantava acordes.

Nós estávamos tentando conversar com ele sobre cantar no riff, o que ele fez algumas coisas. Foi bom, porque você poderia abordar as músicas de maneira diferente. Ele começou a sugerir ideias. Não muito no começo, porque ele era, obviamente, o novo membro, e não queria atrapalhar o andamento das coisas.

Eu acho que Children Of The Sea foi a primeira música que ele cantou. Nós tocamos esse riff um pouco, e ele meio que cantou. Foi muito bom as primeiras coisas que ele fez”.

A entrevista completa (em inglês) pode ser conferida no player abaixo:

 

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