A banda brasileira de pro metal, Mindflow, foi formada no ano de 2003 e possui em seu catálogo três discos de estúdio (Just Two of Us…Me and Them, Mind Over Body e Destructive Device).
Neles o grupo mostra uma qualidade, requinte e versatilidade muito acima da média, com letras baseadas em críticas sociais, ideologias, mistérios e temas agressivos.
Elogiado em todos os países que mostrou sua arte, o grupo ultrapassou o estágio de promessa e despontam hoje um dos melhores representante do estilo no Brasil. O RockBizz teve uma longa conversa com a banda sobre muitos assuntos e curiosidades ligadas a carreira da banda.
O site RockBizz agradece a disponibilidade da banda em nos conceder essa entrevista. Gostaria de perguntar sobre o novo disco, Destructive Device. De onde veio a inspiração para abordagem tão ‘dark’ para o álbum?
Rodrigo Hidalgo: O prazer é nosso. No MindFlow temos a tendência de sempre, em um novo trabalho, criar uma atmosfera que englobe as músicas, vídeos, site etc. A ideia era criar um mundo de conspiração e espionagem. Tentamos refletir isso em tudo para transmitir esse suspense. Buscamos algo que fosse contemporâneo mas vestido em uma névoa de mistério.
Como vem sendo a resposta dos fãs?
Rodrigo: Tem sido incrível! Principalmente ao vivo que é onde o MindFlow pode mostrar todo o peso. O público reage muito bem e nos devolve uma energia enorme! Com relação às criticas ao disco não poderiam ser melhores. Estamos muito satisfeitos!
Vocês firmaram uma parceria com o renomado produtor Ben Grosse. Como se deu esse encontro entre vocês? Havia outros nomes a serem cogitados para a produção do disco?
Rodrigo: Sempre admiramos o trabalho do Ben em bandas como Disturbed, Sevendust. Sabíamos que algo muito interessante sairia da mistura dele com o MindFlow. Quando fizemos um show em Los Angeles, mandamos um convite pra ele. Depois da apresentação saímos para jantar e começamos a conversar.
Qual a importância de Ben para o resultado qualitativo do disco? Suas influências forem levadas até que ponto, para que a banda atingisse o nível sonoro apresentado no disco?
Rodrigo: O Ben foi muito importante em todo o processo. Procuramos por ele para produzir o disco porque sabíamos aonde ele levaria a sonoridade do MindFlow. Trabalhamos juntos desde a pré-produção até a mix final e sabíamos onde queríamos chegar.
O Ben é um excelente produtor, tem uma sensibilidade musical diferenciada e é um engenheiro muito talentoso. A mistura dele com o MindFlow foi muito feliz e o resultado nos deixou muito orgulhosos.
É creditada a participação da Rinat Arinos, assinando coautoria dos vocais, como foi o envolvimento e parceria dela com a banda?
Rodrigo: A Rinat teve um papel muito importante. Ela trabalhou lado a lado com a gente na criação das melodias vocais. Ela é uma produtora muito talentosa e tem ótimas ideias. A maioria das linhas eram criadas de manhã, e já gravadas a tarde.
O som praticado pelo Mindflow é o Prog Metal. Há influências de muitas bandas e, até mesmo, gêneros musicais no som da banda, mas a essência é calcada no progressivo. Gostaria que vocês nos contassem o processo evolutivo que a banda tem passado nos últimos anos. Pegando como ponto partida o primeiro disco – ‘Just the Two of Us…Me and Them’, onde a influência progressiva era muita mais acentuada.
Danilo Herbert: Realmente, no MindFlow incorporamos muitas influências diferentes, baseadas na bagagem musical de cada um de nós, mas acho que isso acontece de maneira bem natural, não temos o compromisso de sermos estritamente progressivos.
É legal observar como nossa maneira de compor foi se modificando com o passar do tempo… Quando gravamos o “Just the two of us…” queríamos que as músicas soassem bem dramáticas e ligadas entre si, exatamente como uma trilha sonora, pois o conceito da estória pedia que fosse assim, por isso, classifico nosso primeiro álbum como progressivo.
Na época do “Mind over Body” resolvemos levar essa liberdade que o progressivo nos dá ao extremo, tentamos colocar todas as nossas influências juntas, misturamos ritmos, saturamos os contrastes, e aumentamos a atenção a todos os climas das passagens.
O resultado disso foram músicas riquíssimas em detalhes e cores, o que fez com que o álbum soasse totalmente experimental. Já no “Destructive Device”, que acredito oferecer um prog metal mais moderno, assumimos o desafio de sintetizar nossas composições, que até então eram extensas na sua maioria, em músicas mais diretas e coesas, que funcionassem melhor ao vivo e que convidassem o público a fazer parte do espetáculo e não os deixassem apenas como meros espectadores na plateia, vendo tudo aquilo acontecer tão rápido e sem poder interagir com a banda.
Também nos preocupamos muito com a plástica sonora dos instrumentos e da voz, isso deu ao “Destructive Device” uma qualidade de áudio muito superior aos antecessores. O que concluo de tudo isso é que todos os três álbuns expõem facetas diferentes do MindFlow, oferecendo ao ouvinte diferentes abordagens, com isso também sinto que estamos cada vez mais perto do que eu chamaria de estilo próprio.
O trabalho gráfico apresentado nos discos da banda é surpreendente. Tudo é muito bem elaborado, com aspecto visual de muita qualidade. Mas para chegar a um material tão excelente como este, há um alto custo. Gostaria que vocês comentassem como é elaborado esse material. E qual a importância em ofertar um trabalho tão requintado?
Danilo: Umas das grandes vantagens em ser uma banda independente, é o fato de você poder se produzir e de estar a par de todos os aspectos relacionados à sua arte. Assumimos e acompanhamos todas as fases do processo de criação dos nossos álbuns, desde a concepção até a confecção da embalagem.
Dessa forma, descobrimos que o valor de custo para a produção de um disco é bem diferente do preço final que pagamos nas lojas. Sabendo disso, podemos pesquisar quais as maneiras mais viáveis de se produzir e vender um disco com a melhor qualidade possível e a um preço justo, e isso é uma das coisas das quais não abrimos mão.
A proposta principal do MindFlow é oferecer aos fãs sempre o melhor que está ao nosso alcance, por isso, nos dedicamos inteiramente para que a pessoa que adquira nosso disco tenha sempre em mãos, algo a mais do que apenas uma mídia que transporta a música, e não apenas isso, fazemos com que todas as mídias que usamos: cd e encartes, posters, cartões, sites, vídeos, camisetas e outros, interajam entre si, criando uma atmosfera envolvente em torno do conceito que se quer transmitir e assim fortalecendo o trabalho da banda.
O Mindflow tem três álbuns lançados na carreira, e sempre aposta alto em um trabalho, que vai de encontro à tendência do mercado. Hoje, gravadoras/selos estão minimizando e otimizando todos os custos e processos, por conta de inúmeros motivos, mas tendo como principal razão a pirataria. Vocês acham que, além da qualidade sonora, um trabalho especial de embalagem, um aspecto visual de luxo é determinante para o fã comprar o disco? É o diferencial que os fãs anseiam, o quê que esteja faltando, visto que CD/DVD passou a ser artigo ‘luxo’, levando em consideração o preço abusivo praticado por parte de algumas gravadoras/selos?
Ricardo Winandy: Para todos os CDs que lançamos, pensamos na embalagem como um complemento do som. Uma foto, imagem, desenho, a letra em si, e tudo o que envolve o CD, nos ajuda a passar o que estávamos pensando ao compor e a nossa visão sobre cada música.
No Mind over Body por exemplo, tiramos uma foto para cada música, cada uma com a nossa interpretação, além de um encarte de 24 páginas em quadrinhos para uma delas.
Já o último CD, Destructive Device, colocamos bastante pistas e dicas para o nosso jogo além de um pôster. Ambos são em um formato bem diferenciado. Quanto ao nosso primeiro CD, por ser conceitual, utilizamos do encarte para nos ajudar a passar a história do disco.
Vocês lançam mão de uma outra estratégia de divulgação bem bacana, que é disponibilizar um cadastro no site da banda, onde o fã ganha um adesivo, cards de divulgação e uma carta (sobre o jogo Follow Your Instinct 2.0 – J.A.C.K.), convidando o ouvinte a fazer parte do “Mundo – Mindflow”. Qual a importância de sempre estreitar a relação entre artista – público?
Ricardo: A internet abriu a possibilidade do artista conhecer mais seu público, assim como do público conhecer mais o artista. Damos uma importância enorme para essa interação, principalmente por gostarmos muito. Como valorizamos muito as pessoas que gostam do nosso trabalho, sempre que podemos procuramos presenteá-los, como é o caso dos adesivos.
Fazendo um comparativo entre os três álbuns lançados pela banda (‘Just the Two of Us… Me and Them’; ‘Mind Over Body’; ‘Destructive Device’), é bem nítido um maior peso nas linhas de guitarra no novo álbum. Essa ênfase foi proposital? Já havia pretensão de acentuar o peso nas linhas de guitarra?
Rodrigo: Isso foi natural devido ao direcionamento das músicas do Destructive Device. Quando começamos a compor as musicas, buscamos uma sonoridade que fosse empolgante ao vivo. Algo que soasse forte e impactante. Ficamos muito felizes com o resultado!
Ainda falando sobre guitarra, eu gostaria que Rodrigo comentasse sobre o timbre que alcançou no – ‘Desctructive Device’, e qual equipamento você usou?
Rodrigo: Gostei muito do timbre de guitarra que chegamos no álbum. Tudo foi construído com camadas. Gravei varias vezes as bases e riffs com equipamentos diferentes, microfones etc. Usei um Triple Rectifier Mesa Boogie, Triaxis, Sansamp, Buddha. Dependendo da música combinava essas camadas de forma que nos parecia mais adequada.
Danilo Herbert sua voz tem um timbre muito peculiar, com grande alcance e entonações diferentes, quais os estudos que você já teve? Como faz para cuidar da voz? Quais os nomes o influenciaram? Sua performance teatral e interpretativa das canções, é algo em destaque, trazendo uma maior emoção a execução das músicas, você poderia nos falar o quão importante é essa postura no palco?
Danilo Herbert: Muito obrigado pelas palavras! Comecei a cantar aos 15 anos, mas só encarei a prática de forma séria aos 20, iniciei meus estudos nessa época. A partir daí comecei a sentir a evolução que a técnica vocal me proporcionou em termos de qualidade e versatilidade, desde então nunca mais parei de estudar, sou fascinado pelo assunto! Existem vários métodos para se cuidar da voz, mas a melhor dica sem dúvida alguma, é sempre estar muito bem descansado e relaxado… quanto mais melhor.
São muitos os cantores que me influenciaram e ainda influenciam. Acho que não haveria muita surpresa nessa parte, pois, são os mesmos que influenciam a todos, sendo assim, vale a pena citar (os que acho que são) os nomes mais incomuns dessa lista de influências, como: Mike Patton, Seal, Michael Kiske, Ed Kowalczyk, Michael Stipe.
As músicas do MindFlow em sua maioria são dramáticas, com temáticas densas e obscuras, e ainda assim repletas de energia. Acredito que toda essa carga no palco, requer uma interpretação mais teatral, dessa forma, tento vivenciar esses sentimentos quando canto para que as pessoas consigam sentir a “verdade” que nossa música quer passar e se conectem com a banda. A partir daí a troca de energia acontece e torna tudo muito mais fácil.
O novo álbum representa um capítulo e uma evolução muito importante na carreira da banda. É perceptível que a banda conseguiu uma maior maturidade nas novas composições. O quanto às experiências vividas com os álbuns anteriores e as turnês contribuíram para as composições do ‘Destructive Device’?
Danilo: Muito e diretamente. O ’Destructive Device’ é o resultado de tudo que vivenciamos até esse ponto de nossa carreira. Depois de todo esse tempo, posso dizer que evoluímos em todos os sentidos, como músicos, como pessoas e também como banda. A sonoridade e coesão desse álbum reflete tudo isso.
A canção ‘Inapt World’ é umas das que mais me chamou atenção no disco. Ela possui um começo eletrizante e, logo cai o andamento, depois acompanhamos toda a evolução e dinâmica da música, transformando, novamente, em um som bem pesado, com inserção de vocais guturais e com um refrão bem melodioso. Mas o ponto que mais me intrigou na canção foi a letra. Eu a interpretei como um grito de liberdade as amarras que a sociedade (Estado, Religião…) impõe sobre as pessoas, como uma forma de mostrar que todos nós temos escolhas, podemos escolher o melhor ‘caminho’, e só depende de nós. Vocês poderiam comentar sobre o conceito dessa canção?
Danilo: Ótima interpretação! O mais legal em se criar uma música é deixá-la livre para interpretações, pois você pode se identificar com ela de várias formas diferentes. Uma das mensagens contidas no conceito de ’Inapt World’ quer dizer exatamente que você citou acima.
Mas roteiristicamente falando ’Inapt World’ seria uma continuação para ’Not Free Enough’, que é inspirada em um caso verídico, um ato hediondo no qual uma pessoa é aprisionada por um maníaco e mantida em um quarto durante grande parte de sua vida, após anos e anos sonhando com a liberdade essa pessoa consegue escapar, mas ao ter contato com o mundo em que vivemos.
Ela chega à conclusão de que a sociedade, por sua vez, também é uma espécie de prisão, não vivemos em real liberdade aqui. Somos escravos de nossas próprias vidinhas, condenados a seguir modelos pré-definidos, obrigações sem sentido, sendo julgados por ser quem somos e forçados a nos tornar quem essa “sociedade” queira que sejamos, o que nos enche de frustrações e complexos e torna nossa existência vazia e sem sentido.
Contemplando tudo isso a pessoa acaba desejando voltar para o cativeiro, pois prefere se trancar em seu próprio mundo a viver nessa falsa liberdade.
A canção ‘Breakthrough’ foi escolhida como primeiro single. Ela é uma música bem acessível, com melodias fáceis, um refrão que envolve rapidamente o ouvinte. Embora seja uma música muito bacana, ela não representa toda a complexidade das músicas da banda. Vocês acham que isso pode desvencilhar um pouco da essência/identidade (Prog Metal) proposta pela banda?
Danilo: Acredito que não. Nunca vi o MindFlow como uma banda de músicas complexas, por assim dizer. Nossa proposta sempre foi fazer músicas que acompanhassem nosso estado de espírito, seguindo sempre o caminho que o conceito do trabalho dita.
Se é cabível se criar uma música com estrutura complexa, então vale a pena ser feito assim. Mas por outro lado, não vejo sentido em uma banda que faz músicas complexas apenas por fazer. E de certa forma, a cada novo trabalho, tentamos sempre apresentar algo de novo ao ouvinte, uma faceta diferente da banda, algo que o surpreenda… e acho que eles já esperam isso de nós.
Atualmente, como disse acima, abraçamos o desafio de sintetizar nossas idéias em músicas mais diretas, Breakthrough é o maior exemplo disso.
Além do Single, ‘Breakthrough’ se tornou videoclipe com uma conotação histórica bem legal, remetendo a filmes clássicos, como: Poderoso Chefão e Al Capone. Contem-nos, como foi o processo de concepção do roteiro do vídeo? Qual a mensagem a ser passada com o videoclipe? Quem dirigiu o vídeo?
Danilo: Fazer um clipe é sempre algo muito divertido. A ideia do Clipe de ’Breakthrough’ partiu de uma reunião que tivemos com o diretor André Moraes onde ficou decidido que o visual do clipe deveria ter o mesmo clima da capa do álbum “Destructive Device”, assim como seu conceito, uma atmosfera de suspense e espionagem.
No clipe um velho mafioso, ao ver um álbum de fotografias antigas, relembra seus dias de glória como líder de uma gangue mafiosa.
O clipe é repleto de imagens fortes e cores cuidadosamente escolhidas, desde as roupas dos jovens mafiosos até o sangue na sequência do tiroteio, isso tudo para dar ao clipe uma aparência de Graphic Novel, uma das grandes sacadas introduzidas no projeto pelo diretor André Moraes.
O álbum ‘Destructive Device’, como já foi mencionado, tem uma temática sombria e pesada. Há uma evolução e inovação no som apresentado no disco. Mas também inova com adição de duas faixas com sistema binaural – First Things First e Screwdriver Effect remetendo a sessões de torturas. Expliquem-nos o conceito dessas duas faixas? Como surgiu a ideia? Quem gravou os gritos da pessoa sendo torturada e a voz do torturador?
Ricardo: A ideia dessas duas faixas veio sobretudo da vontade de experimentar a gravação em áudio 3D, binaural. Essa gravação, quando escutada com headphones, dá a impressão para o ouvinte de estar participando da cena (no caso da tortura), e desperta sensações que com o áudio normal não é possível causar.
Elas fazem parte do nosso jogo “Follow Your Instinct”, em que as pessoas têm que encontrar um serial-killer. Nessas faixas os “detetives” presenciam uma tortura e no final são também torturados.
O mais interessante é que quem fez a voz da mulher sendo torturada foi a menina que ganhou o primeiro jogo. O nome dela é Natália, e ela foi uma ótima atriz (se tivéssemos torturado ela de verdade também não íamos contar). Já quem fez a voz do serial-killer é um segredo…
Vocês fizeram alguns shows com a banda Symphony X. Como foi a experiência e o que foi absorvido pelo Mindflow em tocar com um dos principais expoentes do Prog Metal?
Rafael Pensado: Já conhecíamos o trabalho deles, todos os membros da banda foram muito atenciosos conosco, nos convidaram pra jantar em Manaus e pudemos trocar ideias, em 2008, Russel Allen, visitou o camarim do MindFlow e ficamos relembrando a turnê passada, Russel nos agradeceu durante o show deles, foi muito legal e uma honra tocar com eles.
Vocês já tocaram em diversos países e continentes, conviveram com diversas culturas e etnias, mas o país mais inusitado e com menos “peso” e expressividade no mundo Heavy Metal que vocês visitaram foi à Coreia do Sul. O que vocês podem nos falar sobre essa experiência?
Rafael: Coreia do Sul é um dos países mais desenvolvidos no mundo, provavelmente é o povo asiático mais extrovertido, todos os shows tinham um ótimo público e eles não tem vergonha em vir conversar, tirar fotos, etc….
O que mais chamou a atenção durante nossa estadia, é como eles conseguem mesclar o alto desenvolvimento tecnológico com a preservação cultural milenar, uma experiência que deixa qualquer um humilde.
Está disponibilizada para download, no site da banda, uma compilação chamada: ‘Just a Destructive Mind’. Essa coletânea só está disponível nesse formato? Se a resposta for positiva, há chance de lançamento dessa compilação, fazendo parte da discografia da banda?
Ricardo: A coletânea é uma seleção de algumas de nossas músicas preferidas dos nossos 3 discos, totalmente digital.
Resolvemos fazê-la como um presente para os nossos fãs e para quem deseja conhecer a banda e ainda não teve oportunidade.
Ainda não temos planos de lançá-la em CD, até porque nossa principal intenção é a distribuição gratuita. Mas quem sabe num futuro próximo?
Com o lançamento do segundo disco ‘Mind Over Body’, surge à trama e game Alternate Reality Game (ARG) “FOLLOW YOUR INSTINCT” que envolve assassinatos, crimes, intrigas e, principalmente, muito mistério. No novo disco – ‘Destructive Device’, há continuação da saga “FOLLOW YOUR INSTINCTS 2.0 – J.A.C.K.”, ou seja, jogo ganha um envolvimento maior ainda na carreira da banda. O que vocês podem nos falar sobre o conceito do game? E qual seu grau de importância para a marca Mindflow?
Ricardo: O jogo é basicamente uma caça a um serial-killer através de pistas no CD, música, encarte, sites, etc. Quem se propõe a jogar se coloca como um detetive para conter o assassino e evitar mais mortes.
Ele surgiu como uma brincadeira no álbum Mind over Body que vinha com um encarte em quadrinhos exclusivo para ele. Como mais de 3.000 pessoas participaram dessa brincadeira com a gente, e o assassino ainda está à solta, o jogo continuou numa nova versão.
O Destructive Device já vem cheio de pistas no pôster, encarte, faixas binaurais, luva, músicas, e o novo site tem uma área com vários ambientes do hospital psiquiátrico do qual o assassino fugiu, além do blog do J.A.C.K..
Quais os planos para turnê? Há planos para um giro europeu e norte americano?
Ricardo: No momento estamos fazendo alguns shows aqui no Brasil junto com o Sepultura e o Angra e estamos em negociação para uma turnê nos Estados Unidos no segundo semestre.
É considerada a ideia para gravação de DVD e/ou CD ao vivo?
Rafael: Sim, temos isso em mente, mas não temos pressa para lançar ainda, como tudo o que fazemos, será de uma forma não usual, temos muitas cidades que queremos visitar antes de registrar oficialmente uma apresentação.
Para encerrar a entrevista, gostaria que a banda elegesse três álbuns expressivos das respectivas décadas – 70, 80, 90.
Rafael: Anos 70- Yes / The Yes Album – Anos 80- Rush / Moving Pictures
Anos 90- Metallica / Black Album
O site RockBizz agradece a disponibilidade e deseja muito sucesso à banda.
Rafael: Agradecemos pelo interesse no nosso trabalho! Vida longa ao RockBizz e Let your MindFlow…