Uma série de fatores favoráveis levou o público gaúcho ao Opinião no dia 28 de abril para conferir uma das mais icônicas vozes do rock n’ roll. O show marcado para o sábado a noite facilita a agenda de todos, a temperatura alta durante o dia e o horário cedo foram a combinação perfeita para os fãs do lendário Deep Purple conferir o set list especial da tour Performs Classic Deep Purple Live.
Era 20h15 quando o grupo subiu ao palco ovacionado pelos presentes, Glenn entra em cena para executar o clássico Stormbringer seguida de Might Just Take Your Life.
Em sua primeira interação, Glenn pede: “olhem em meu rosto e em meus olhos, esse homem ama Porto Alegre! Esse homem ama o Brasil! Esse homem está feliz, feliz por estar vivo e estar aqui. Vocês conseguem sentir o meu amor Porto Alegre?”
Palavras carinhosas e de amor não faltaram nos discursos de Glenn, assim como hits para agradar um Opinião lotado. Em Mistreated, Glenn mostra toda sua potente voz, que mesmo aos 65 anos encanta a todos e justifica o porquê de ser chamado de a ‘voz do rock’.
Glenn diz: “posso ver e sentir cada uma das pessoas que estão nesse local hoje, vocês querem voltar ao passado comigo, certo?”. Com isso, vem mais hits do Purple, especialmente do clássico álbum Burn. Lançado em 1974, o disco que marcou a estreia de Hughes no grupo é um dos grandes registros musicais da história, trazendo inovação e inspiração para diversos subgêneros do rock e heavy metal.
Empolgado com os presentes ele diz: “vocês não vieram aqui para ver o Glenn Hugues, o Glenn Hughes veio aqui para ver vocês”. Dito isso, o músico anunciou a balada This Time Around dizendo que tentaria não chorar com ela. Fora o momento mais intimista da noite que, junto de Getting Righer, antecedeu a sequência de hits.
Mesmo sendo anterior a sua passagem no grupo, o ultra clássico Smoke On The Water não ficou de fora. O solo de You Keep On Moving relembrou outro álbum de Hughes com o Deep Purple, Come Taste The Band.
Glenn e banda se despediram dos presentes prometendo voltar no ano que vem, mas antes de Burn seria impossível o show chegar ao fim. Voltam ao palco com outro clássico do álbum Machine Head, Highway Star, que é também da fase anterior a de Hughes.
E para fechar de vez a noite, o mega hit, Burn, incendiou o Opinião e finalizou as quase duas horas de uma aula de rock n’ roll, com um dos melhores professores da história do estilo.
